Boletim Unicap

Instituto Humanitas e Coletivo Vozes Marias lança projeto na Unicap

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Erika Farias, colaboradora da coletivo; Helivete Ribeiro, coordenadora de litugia; Carolina Leite, fotógrafa; Bárbara Aguiar, coordenadora de mobilização e campanha.

O Instituto Humanitas Unicap – IHU e o Coletivo Vozes Marias, em parceria com a Diaconia, estão realizando até o dia 9 de setembro, na Biblioteca Central da Unicap, a Exposição Fotográfica: “Eu sou Maria, tu és Maria, nós somos Maria!” A mostra chama a atenção para a violência sofrida pelas mulheres.

“O projeto tem a função de um coletivo, e é o que reflete na exposição. É uma oportunidade e possibilidade de alcançar mulheres que sofrem algum tipo de violência. Abrimos discussões para este diálogo, dando empoderamento para as mulheres. Como pastora, convivo com esse tipo de violência religiosa, em si”, acredita Helivete Ribeiro, coordenadora de litugia e pastora da 1ª Igreja Batista de Bultrins”.

IMG_8244As modelos das fotos foram as próprias mulheres do coletivo e a direção artística coube ao arte-educador Antônio Carlos de Lima. As fotos foram feitas pela fotógrafa Carolina Leite.  Ela conta como foi fazer parte do projeto: “A arte de se expressar para um trabalho envolvendo um tema como esse é muito difícil e mexe muito com o emocional de cada uma. Saímos de lá carregadas. A inspiração vem da sinceridade do que elas sentem pelo projeto. Convivemos com pessoas que passam por isso direta ou indiretamente. Até nós mesmas, passamos por isso, em função da existência de um machismo intrínseco à sociedade. As fotos vêm como forma de denúncia.”

Já Erika Nogueira, colaboradora do Vozes Marias, concorda com Carolina e conta que começou a fazer parte por se sentir sensibilizada com as questões de violência dentro das igrejas: “O coletivo veio como um alívio, onde eu posso me juntar com outras pessoas sobre o assunto e alertar as mulheres para esta reflexão. É complicado estar inserido em um espaço religioso e saber que ali dentro também mora o problema. E, sobretudo, é gratificante ajudar tanto na parte da reflexão quanto da orientação”.

“Fazemos discussões ligadas à diversidade de gênero, evidenciando as mulheres e, sobretudo, a violência doméstica e como os espaços religiosos tratam essa temática. No ano pasIMG_8248sado, tivemos o primeiro seminário, realizado na UFPE. E hoje, a Católica foi quem abraçou nossa causa e estamos trazendo o mesmo tema: Discurso religioso e violência contra a mulher”, conta a coordenadora de mobilização e campanha, Bárbara Aguiar, e completa: “É importante perceber como esses espaços religiosos se comportam, como recebem e como lidam com esta temática, se vão ao enfrentamento ou não. E que as mulheres saibam que elas possuem importância, despertando o ser político da mesma, independentemente de ser mulher e, sobretudo, por ser mulher”

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