Fórum Sobre Questões do Envelhecimento discute finanças

Em tempos de crise na economia mundial, os noticiários descarregam uma avalanche de informações sobre bolsas de valores, títulos da dívida pública ou índice de risco de investimento. Mas para quem foi ao Fórum Sobre Questões do Envelhecimento na tarde de hoje (9) muitos desses aspectos da economia deixaram de ser um ‘bicho-papão’. O evento abordou a relação das finanças pessoais com a qualidade de vida e teve como palestrantes os professores da Católica, Leonel Morais, diretor do Centro de Ciências Sociais; e José Alexandre Ferreira Filho, coordenador do curso de Ciências Econômicas.

O público foi recebido ao som do MPB Unicap com a apresentação dos músicos Percy Marques (violão) e Júnior Teles (pandeiro). Logo depois, a professora do curso de Fiosterapia, Francisca Mota, fez a abertura do encontro apresentando os palestrantes ao público. O professor José Alexandre deu início a explanação. Ele explicou os conceitos de receita e despesa e detalhou as formas mais populares de investimento como a poupança, certificado de depósito bancário (CDB) e recibo de depósito bancário (RDB).

“A poupança é um investimento mais seguro e você pode sacar a qualquer momento, mas atualmente é o que rende mesno juros. Já a diferença entre o CDB e RDB é que no primeiro a taxa de administração, valor que se paga ao banco, é menor. No entanto a rentabilidadade deles é maior que na poupança”, explicou.

José Alexandre fez um alerta para o risco que o crédito ‘fácil’ pode trazer ao orçamento, pricipalmente quando se trata dos juros do cartão. “Quando as despesas ultrapassam o necessário, é comum fazer despesas com cartão de crédito. Aí vem as parcelas, que podem até ser pequenas, mas quando somadas, comprometem a renda”. Segundo ele, o empréstimo consignado apresenta taxas menores e por isso pode sair mais barato que o cartão.

O professor Leonel Morais também enfatizou a importância de não gastar o que se ganha. Ele até ensinou como gerenciar as finanças, estabelecendo prioridades e classificando os gastos como obrigatórios e não-obrigatórios. “É preciso planejar, antever os recursos e saber como gastar. Para isso é fundamental anotar, listar as despesas”, disse. Leonel também detalhou como os bancos lucram com os empréstimos. ” O cheque especial, por exemplo, é um empréstimo. Você aluga o dinheiro do banco, os juros são justamente o custo que você tem para pegar o dinheiro. Por isso faça o impossível para não entrar nele”.

Leonel esclareceu ainda que, apesar dos juros menores, o empréstimo consignado também é um inimigo na hora de equilibrar as contas. Ele deu uma dica a quem já está devendo nessa modalidade e deseja quitar a dívida. “Você deve renegociar com o banco e fazer um empréstimo parcelado, quem tem taxas mais baratas”. 

Ao término da palestra, a plateia participou de uma sessão de alongamento com a professora Francisca e com estudantes do curso de Fisioterapia .

“Adorei o fórum. Desde que começou não perco um”, disse a bióloga aposentada Marilene Campos Rodrigues.

 Quem também teve a mesma opinão foi a bacharela em direito, Salete Freire. “Gostei do tema. É muito útil e atual. Quando a gente chega a certa idade pensa que já conquistou tudo o que tinha de conquistar e não é bem assim. Você sempre pode ter mais”.