Fórum de Formação Social e Política aborda Joaquim Nabuco
|O curso de Serviço Social e a Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Católica de Pernambuco realizou na noite de terça-feira (18), no auditório G1, a 2ª edição do Fórum de Formação Social e Política, com o tema “O centenário de morte do abolicionista Joaquim Nabuco”.
A mesa do Fórum foi composta pelo historiador e ex-aluno do curso de Direito da Católica Leonardo Dantas; pelo assessor de Realações Internacionais e Interinstitucionais da Unicap, professor Thales Castro, e pelo coordenador da Pós em Ciência Política, Édijece Martins Ferreira.
No início do evento, foi exibido um vídeo, realizado pela Fundaj – Fundação Joaquim Nabuco, sobre a história do abolicionista pernambucano que dá nome à fundação. Em seguida, o coordenador da mesa, professor Édijece Ferreira, apresentou o historiador Leonardo Dantas, primeiro palestrante da noite.
Em sua fala, Leonardo Dantas disse que a população conhece pouco a respeito do ilustre pernambucano. “Nabuco é mais lembrado por rimar com Pernambuco que por sua vida e obra”, afirma.
Dando seguimento, Dantas realizou uma apresentação mais aprofundada de Joaquim Nabuco. Citou sua infância no Engenho Massangana com seus padrinhos. Sua ida para o Rio de Janeiro para terminar os estudos, em seguida, a mudança para São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito. Depois voltou para Pernambuco, onde concluiu o curso, na Faculdade de Direito do Recife.
Após a formatura, ele partiu para a Europa onde passou um ano viajando e fazendo contatos intelectuais. Na volta para Pernambuco, entra na vida política. E em janeiro de 1910, morre Joaquim Nabuco, então embaixador do Brasil em Washington, nos Estados Unidos da América. Uma vida de muitas contribuições sociais.
Para o assessor de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Unicap, professor Thales Castro, a atuação do diplomata Joaquim Nabuco serviu como base das Políticas das Relações Internacionais do Brasil. “Para quem pesquisa as Relações Exteriores, trabalha com o Paradigma Barão de Rio Branco/Joaquim Nabuco, que determina o cenário das relações seja juridicamente mediado.
“Nabuco criou a 1ª Embaixada Brasileira, em Washington, nos Estados Unidos da América. Por causa de sua influência política e importância acadêmica, Nabuco recebeu três títulos de Doutor Honoris Causa, na América”, ressaltou Castro.
Ainda segundo Thales Castro, as ações de Joaquim Nabuco foram tão importantes para as Relações Internacionais, que na Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 4, tem 11 quesitos que enfatizam o Paradigma Barão de Rio Branco/Joaquim Nabuco.
O evento contou com a participação das professoras Iluminata Macedo, Janice Albuquerque, Sandra Lima e dos alunos da graduação de Serviço Social e da Pós-graduação em Ciências Políticas.
Para concluir o Fórum de Formação Social e Política, a coordenadora do evento e do curso de Serviço Social, professora Odalica Moraes, comemorou o resultado. “O Fórum foi bastante proveitoso tanto para os alunos da Pós com a questão política, como para a graduação por causa da abordagem sobre a exclusão social e sobre a escravidão, que aparentemente acabou, mas que continua viva nas questões de classes sociais. Como o assistente social trabalha com os excluídos e minorias e Joaquim Nabuco lutou pelos direitos dos escravos em sua trajetória de vida, fica uma grande lição para todos.”