Boletim Unicap

Filme de assessor cultural da Unicap selecionado para festivais nos EUA e Canadá

Com informações de Leo Tabosa

O documentário Tubarão, produzido pelo assessor cultural da Universidade Católica de Pernambuco, Léo Tabosa, foi selecionado para participar de mais três festivais: 7º Festival de Cinema de Triunfo-PE; 12º Vancouver Latin American Film Festival (Canadá) e 12º Brazilian Film Festival of New York (Estados Unidos).

Para quem ainda não teve a oportunidade de assistir, o filme será exibido neste sábado (5) no Instituto Cervantes, onde haverá debate, após a sessão, com o realizador Leo Tabosa. Tubarão foi um dos filmes mais premiados do Festival Audiovisual Cine PE, conquistando as categorias de  Melhor Filme, Direção, Direção de Fotografia e Melhor filme pelo Júri da Crítica (Abranccine).

Outra produção de Leo Tabosa, Retratos, feito em co-autoria com Rafael Negrão, será destaque no oitavo episódio do programa Cinema em Outras Cores apresentado pelo deputado Jean Wyllys no Canal Brasil. O documentário é fruto do trabalho de conclusão do curso de Jornalismo da Unicap, que teve como orientador o professor Alexandre Figueirôa.
“Foi com muita alegria que recebemos o convite do Canal Brasil. Retratos é um trabalho que legitima a excelente qualidade acadêmica do Curso de Jornalismo da Unicap”, comenta Leo Tabosa. Retratos conta a história de seis travestis que desempenham atividades profissionais desvinculadas da prostituição no Estado de Pernambuco.  O vídeo mostra como a vida de cada um deles pode ser tão comum quanto a de qualquer outra pessoa.

 

O filme nasceu de uma pesquisa realizada pelos diretores quando cursavam Jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco, quando perceberam que a mídia reforçava depreciativamente a imagem dos travestis nos meios de comunicação, onde eram sempre pautados nas páginas e programas policiais,  como pervertidos, transgressores e, até mesmo, aberrações.

 

Os diretores pesquisaram, na época, filmes nacionais de curta-metragem, reportagens e artigos que abordavam gêneros e sexualidades em Pernambuco. Tudo apontava para uma única direção: o travesti estava sempre relacionado à prostituição, drogas, escândalos e pequenos furtos. Preocupados em não repetir velhos estereótipos e abordagens, trouxeram os travestis à luz do dia.

 

“O objetivo do documentário não era debater a prostituição ou discutir o que é certo ou errado. Não havia interesse em emitir julgamentos morais sobre a vida particular dos personagens. A preocupação era mostrar um novo olhar, uma nova abordagem sobre um tema, injustamente, desgastado pela mídia”, explica Leo.

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