Fé e Alegria teve a penúltima formação do ano com os estagiários
Na segunda-feira (28), a Fundação Fé e Alegria em Pernambuco (FyA) realizou o penúltimo encontro de formação com os estagiários do ano. O momento de humanismo e cidadania foi organizado pelo coordenador do FyA, Glauco Filho, e pela psicóloga Rosália Albuquerque.
O primeiro tema debatido do dia foi “definição da identidade”. O professor Hugo Magnata, que está há dois anos no FyA, deu seu depoimento sobre o assunto. “O ano passado foi o mais difícil para mim, foi o início do início. Eu amadureci muito como pessoa e como profissional. O Fé e Alegria foi realmente uma casa para mim. Sempre vou levar essas pessoas no coração. Muito obrigado por tudo que o FyA fez por mim”, falou.
O segundo tema foi “Autoestima, autoconceito e autoconfiança”. A psicóloga Rosália Albuquerque explicou que esse tema é para reforçar o que foi visto na identidade. É aprender a confiar em si mesmo e a confiar no trabalho de cada um. O professor Paulo Cardoso aproveitou o assunto e falou que não existe um bom professor que não consiga se autoavaliar. “Se a gente não tiver a coragem de nos avaliarmos, a gente nunca vai conseguir desempenhar o papel de professor. Autoconfiança é quando a gente encontra um método que dá certo. E para mim foi muito importante ter trabalhado isso”, contou. A professora Thuania dos Anjos também comentou: “Se a gente tem autoconfiança, podemos conseguir passar para o outro”.
No terceiro tema, que foi “Visão destemida do futuro; querer ser; resiliência”, a psicóloga Rosália Albuquerque explicou que esse assunto aborda o que cada um construiu em cima do que estão construindo e o que vão construir a cada dia. É poder dar um salto de qualidade em cima de situações de dificuldade. O professor Anderson Barbosa falou que tentou mostrar aos alunos que quem escolhe ser professor não é bem remunerado, nem muito valorizado, mas independentemente do que eles queiram ser, que sejam bons profissionais. “É muito prazeroso ouvir do aluno que a prova de história do Enem teve a minha cara”, confessou.
No segundo momento do dia, a turma foi dividida em dois grupos: um formado por quem foi para a reunião que aconteceu em Aldeia no dia 13 de agosto, e o outro por quem não foi. Quem esteve no passeio teve que projetar em cartolinas uma memória do que aconteceu; o outro grupo teve que desenhar o que acha que ocorreu. Ambos os grupos tiveram também que fazer no papel uma idealização do que acontecerá no último encontro do ano, na praia de Ponta de Pedra, no próximo dia 11 de dezembro.
Depois do trabalho feito, todos tiveram um intervalo para o lanche. Ao retornar às atividades, a professora Graziela distribuiu o poema “Eu aprendi”, de William Shakespeare, como forma de homenagem a todos os presentes. O texto foi lido pelo professor Cleyton Santos. Em seguida, os estagiários do FyA formaram trios para uma brincadeira. Foi amarrada a perna de um na do outro e, amarrados, os trios teriam que atravessar a sala duas vezes sem sair de cima de linhas azuis no chão. Durante o percurso, cada trio teria que debater sobre dificuldades de relacionamento com os colegas; carga horária de estudo; práxis (teoria e prática); família; medo; regência. Foi permitido comunicar-se com seu parceiro ou equipe, planejar, exercer autoconfiança e andar naturalmente. Não podiam soltar os braços e as cordas, caminhar fora da linha reta, andar arrastando os pés ou saltando.
Depois da atividade, tiveram um momento de reflexão sobre a brincadeira, debateram sobre as dificuldades encontradas. A professora Jéssyca Fernandes falou que escolheram para formar o trio as pessoas que tinham mais confiança. Após a conversa os grupos apresentaram o trabalho que fizeram sobre os momentos de reflexão do passeio à Aldeia e à Ponte de Pedra. A psicóloga Rosália Albuquerque passou um vídeo do comercial da Porvel e, em seguida, fez uma reflexão comparando o que assistiram com o momento deles. “Que a gente passe a ter um olhar profissional a partir de um olhar humano”, concluiu.
