Boletim Unicap

Fé e Alegria realiza o primeiro encontro de formação dos estagiários de 2012

Nesta quinta-feira (2), a Fundação Fé e Alegria em Pernambuco (FyA) realizou o primeiro encontro de formação com os estagiários do ano.  A reunião aconteceu na sala 505 do bloco B da Universidade Católica de Pernambuco, das 8h às 12h, e foi organizada pelo coordenador do FyA, Glauco Filho, pela  psicóloga Rosália Albuquerque e pela assistente social Catarina de Santana.

Inicialmente, o coordenador Glauco Filho pediu que cada um se apresentasse. Em seguida, falou sobre o que é um estagiário e um pouco sobre os projetos da fundação: o apoio pedagógico, o Jovem Aprendiz, o Pré-universitário, os grupos culturais e o Projeto Horizonte.  “O nosso foco é ajudar todos os nossos usuários. É assim que trabalhamos. O que a gente quer com esses garotos é a inclusão social”, contou.

A assistente social Catarina de Santana continuou o encontro falando que o dia foi reservado para todos se conhecerem. Por isso, pediu para que formassem duplas para conversarem um pouco mais com o parceiro escolhido. Depois todos tiveram que escolher uma fruta e um instrumento musical que definisse a pessoa com quem estavam conversando.

Logo após, Catarina falou sobre como se deve trabalhar em um projeto social. Explicou que é um exercício de cidadania, pois envolvem as pessoas para além do seu campo de vivência, permitindo a transposição de barreiras e preconceito em benefício do outro. “Devemos trabalhar a conscientização do usuário frente ao papel que ele pode desempenhar na sociedade, além de despertar o sentimento de solidariedade”, falou.

Para isso ser possível, Catarina mencionou que é preciso aprender a ter paciência, jogo de cintura e sensibilidade sobre as desigualdades e carências apresentadas pelos usuários, trabalhando a motivação deles, compreender os contextos políticos, sociais e institucionais e trabalhar de maneira colaborativa. A partir daí, todos os estagiários discutiram sobre o assunto.

A psicóloga Rosália Albuquerque falou sobre a pirâmide de Marlow (hierarquia das necessidades), que diz que o ser humano precisa da motivação do fisiológico (como comer, dormir), da segurança, amor/afeto, estima para finalmente alcançar o topo da pirâmide que é a auto-realização.

Em seguida, os estagiários se dividiram em grupos onde tiveram que escrever em um papel cortado em formato de um boneco, o que é ser um educador social e depois um representante de cada grupo explicou para todos na sala o que escreveram.  Logo após, Catarina de Santana falou que o perfil de um educador é ser ouvinte perpiscaz e compreensivo de todos atores comprometidos com o processo educativo; buscar conhecer, acolher e interpretar a realidade, o contexto e os sentidos que o educando dá ao lugar onde está inserido; Saber administrar conflitos e ter capacidade de comunicação e negociação.” Os projetos sociais tornam-se assim espaços permanentes de negociação entre ideias pessoais e coletivas,  para mudar e são possibilidades concretas que temos que realizar estas mudanças- a realidade”, falou. Terminou o primeiro momento do dia com a frase: “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”, de Paulo Freire.

Depois de uns minutos de intervalo, a psicóloga Rosália Albuquerque contou que o comportamento organizacional deve ser visto como um aspecto construtivo da espécie humana e como uma relação entre organismo e ambiente. “O comportamento é sempre uma relação ou interação entre eventos ambientais – estímulos – e atividades de um organismo – resposta. A relação organismo ambiente pode envolver uma situação aparentemente simples complexa”, falou.

Rosália apresentou as regras básicas da Fundação, como, por exemplo, respeitar horários de chegada e saída; se for faltar, justificar e, se possível, com antecedência; avisos de faltas ou atrasos devem ser direcionados à responsável direta ou ao coordenador da área; fardamento é indispensável; todos são responsáveis pelos usuários, então precisam cobrar a eles as regras institucionais.

Também citou os 10 mandamentos da empresa:

1-    Se você acendeu, apague;

2-    Se você abriu, feche;

3-    Se você bagunçou, arrume;

4-    Se você quebrou, conserte;

5-    Se você não sabe consertar, chame alguém que saiba;

6-     Se você necessita de algo que não lhe pertença, peça;

7-    Se você não sabe como funciona, não mexa;

8-    Se você pediu emprestado, devolva;

9-    Se você levou, traga;

10-  Se não lhe diz respeito, não se meta.

E para reflexão, a psicóloga Rosália Albuquerque levantou alguns aspectos importantes para o Fya como a honestidade no trabalho, lealdade na empresa, alto nível de rendimento, respeito à dignidade humana, segredo profissional, observação das normas administrativas da empresa, entre vários outros.

print

Compartilhe:

Deixe um comentário