Falta de energia não esfriou debate no ENDC

A mobilidade política retomou fôlego no Brasil, junto a ela surgiram novas necessidades, como o caso da regulamentação da comunicação do país. Pensando em agrupar profissionais e estudantes que trabalham ou se interessam pelo assunto, a Universidade Católica de Pernambuco e o Centro de Cultura Luiz Freire idealizaram, com parceiros, o 1º Encontro Nacional sobre Direito à Comunicação, que em seu penúltimo dia, a sexta-feira (10), trouxe para debate, sob a mediação do professor da Unicap e pesquisador da área, o jurista Gustavo Santos, os convidados João Brant, do coletivo Intervozes; Rosane Bertotti, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC); e a deputada federal e presidente da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com Participação Popular, Luíza Erundina (PSB-SP).

Com 1.700 inscritos e 30 voluntários, não se poupou esforços tanto da organização, quanto dos participantes. Mesmo com a falta de luz no bairro da Boa Vista, palestrantes e ouvintes permaneceram no auditório G1 da Unicap para concluir as atividades do dia.

O primeiro a falar foi Brant, que dividiu sua apresentação em três momentos. O primeiro tratou da necessidade do Marco Regulatório; o segundo sobre a identidade do Marco e, por último, uma leve abordagem sobre o cenário político. Em seguida, com mais ênfase, Rosane, propôs uma conversa mais aprofundada para o cenário político e jurídico. E iluminada apenas pela sabedoria e a luz de emergência do auditório, a deputada Luíza Erundina mostrou as reais possibilidades da mudança.

A preocupação girou, durante todo o Encontro, em torno da continuidade desta ‘reunião’, para manter em voga as necessidades e vontades da massa. No fim de sua fala, Rosane Bertotti anunciou que no próximo ano a FNDC ficará encarregada de articular e estruturar a possibilidade deste contínuo debate, que não só deseja a liberdade de comunicação, mas também, garanti-la, como um direito.