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Exposição “História e Humor” reúne obras do cartunista Thiago Lucas na Biblioteca da Unicap

Quem passa pela Biblioteca da Católica não pode deixar de conferir a exposição História e Humor, do cartunista e historiador Thiago Lucas. A mostra reúne 31 trabalhos com charges e caricaturas que estabelecem um diálogo crítico e bem humorado com a sociedade. Ele é ex-aluno da 6ª turma da especialização em História do Nordeste da Católica.

O trabalho de conclusão de curso (TCC) foi uma análise crítica da chamada Indústria da Seca a partir de charges. “Estou celebrando 10 anos como chargista profissional e minha monografia na especialização abordou a questão da seca, daí a motivação para montar a exposição. É uma forma de celebrar esses dois momentos. ”

O cartunista vê a charge como um recorte do momento histórico. “A charge é um desenho de humor que promove uma reflexão sobre política, economia, questões culturais da atualidade. Vários trabalhos acadêmicos são pautados pelo uso da charge. Você percebe que está contribuindo de alguma forma com o processo histórico, com pesquisas. Então esse diálogo entre charge, documentos e pesquisas é bem interessante”.

A exposição está sendo promovida pelo Programa de Pós-graduação em História da Unicap. “A charge é uma forma de ensinar a história. Há muito tempo não ficamos só no monumento e documentos. Nós utilizamos outros recursos como por exemplo as caricaturas. Nada mais atual do que se utilizar desse recurso para pensar e lançar críticas a toda essa situação que estamos vivendo no País”, disse o coordenador do PPGH, Prof. Tiago da Silva César. A curadoria é da professora do PPGH, Ana Cláudia de Araújo Santos, que também é museóloga.

A turma do 1º período da Licenciatura em História prestigiou a exposição. “Achei os temas muito interessantes, com abordagens muito políticas e atuais. A imagem da arma foi a que mais marcante para mim”, disse Adriana Borges Dantas, ao se referir a uma das charges que apresentava a involução humana sobre o um revólver que tinha como gatilho o mapa do Brasil.

Quem também fez uma reflexão crítica a partir do que viu na charge Tragédias da África…a compaixão mundial é seletiva foi Bianca Rouge. “A mídia foca nas tragédias da Europa e esquece do que se passa na África. Toda essa sensibilização é muito seletiva mesmo”, disse.

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