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Etnobotânica no semi-árido nordestino é tema de palestra no VIII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia

Por Débora Pereira

O VIII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia (VIII SBEE), que tem como tema “Discutindo ciência para atender as demandas sociais”,  promoveu na manhã de sexta-feira (12) palestra com  a professora Viviany Teixeira do Nascimento, que apresentou o tema “Etnobotânica de plantas alimentícias no semi-árido nordestino”. Licenciada em Biologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e mestre em Botânica, é professora de ensino à distância do curso de Gestão Ambiental na rede estadual, além de professora da rede municipal.

Viviany Teixeira explicou para os participantes do evento os aspectos teóricos dos vegetais, focando em plantas silvestres e suas principais funções. De acordo com pesquisas realizadas por diversos autores, há cerca de 25.000 tipos existentes. Entretanto, só estão disponíveis para o consumo 100 espécies e, dentre essas, apenas 20 são realmente consumidas. Devido a esse desprezo com as espécies subutilizadas, espécies essas que possuem potencial para contribuir com a segurança alimentar e nutricional, a professora desenvolveu um estudo de campo em duas comunidades do Sertão nordestino. Uma das comunidades escolhidas foi Cachoeira, na cidade de Soledade, interior da Paraíba, localizada há 300 km do Recife, e a outra  foi Carão, na cidade de Altinho, interior de Pernambuco.

Com esse estudo, a professora pôde comparar as principais espécies, o cuidado, a utilização e o preparo para o consumo em cada comunidade. As plantas silvestres podem ser consideradas complemento alimentar, possuem resistência morfológica ou bioquímica e são consideradas de uso emergencial. O aproveitamento do fruto dessas plantas pode suprir a falta de alimento em algumas regiões, substituir e enriquecer a culinária do local.

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