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Estupro e incesto em debate na 11ª Siucs

 

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Da esquerda para a direita, Profª Andréa Almeida, Profº Sílvio Neves e Profº Teodomiro Noronha.

Estupro e incesto foram temas de debate nesta quarta (23). Promovido pelo curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco, o evento fez  parte da 11ª Siucs e aconteceu na sala 102 do bloco G. Os debatedores foram os professores Andréa Almeida, Sílvio Neves e Teodomiro Noronha.

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Andréa abordou em sua explanação o livro “Tangolomango – ritual das paixões desse mundo”, de Raimundo Carrero. A obra conta a história de Tia Guilhermina e seu sobrinho Matheus, personagens que mantiveram um relacionamento íntimo. “Eles não chegavam às vias de fato, mas dormiam e tomavam banho juntos, o que já caracteriza o incesto, o que não é crime”, explicou Andréa. “Os incestos nas classes sociais mais baixas são muito comuns. Em muitos casos, é uma relação voluntária, entre irmãos, tios e sobrinhas”, ressaltou Sílvio. Apesar disso, o incesto também pode ser um estupro, quando o familiar é forçado a ter relações afetivas. “O estupro é um crime contra a dignidade humana”, frisou.

A perversão, segundos os professores, também influencia na consequência futura desse abuso. “A pergunta que fica é até que ponto a pessoa que sofre o abuso pode ser influenciada para repetir o ato. Pode ser que, mesmo alguém sendo abusado sexualmente durante toda a infância, não extravase sua raiva e mágoa em outras pessoas. Assim como alguém que nunca foi abusado, cometer o estupro”, afirmou Teodomiro.

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