Alunos participam de planejamento estratégico da Universidade Católica

A Universidade Católica de Pernambuco está apresentando, ao longo desta terça-feira (1º), o planejamento estratégico institucional aos estudantes da comunidade acadêmica. O formato é o mesmo apresentado aos professores e funcionários durante a Semana de Estudos Docentes e o Fórum dos Funcionários. As ações irão nortear a Católica nos próximos dez anos. Além de conhecer, os alunos também estão contribuindo para a formatação do plano.

Agora pela manhã, 48 estudantes de cursos da graduação e pós-graduação participaram de oficinas e dinâmicas de grupo. A Católica quer conhecer a visão deles sobre a instituição e também a visão de futuro. À noite, outros 75 alunos participarão do processo.

A escolha da amostra dos estudantes foi feita com indicações do Diretório Central dos Estudantes (DCE), diretórios acadêmicos dos cursos (D.A), juntamente com as coordenações de curso e diretorias dos centros acadêmicos da Universidade.

Na primeira etapa, representantes do comitê gestor mostraram o que seria o plano e os seus objetivos. A abertura foi feita pelo Reitor, Padre Pedro Rubens. Ele contextualizou o planejamento estratégico com a crise pela qual passa o Brasil, estabelecendo uma ligação com a história da Católica. Padre Pedro também fez um balanço de seus dez anos a frente da Reitoria.

“São nesses momentos de adversidade que a gente pode desenvolver a capacidade de enxergar melhor o futuro. O tempo é favorável para pensar o futuro”, disse ele ao ressaltar que as instituições comunitárias de ensino superior agregam cerca de 20% dos universitários do País. Também acompanharam a explanação o Pró-reitor Comunitário, Padre Lúcio Flávio Cirne; o Pró-reitor Administrativo, Luciano Pinheiro, e o professor do curso de Ciências Econômicas e sócio da Ceplan, Valdeci Monteiro. Ele também faz parte da equipe que está elaborando o plano.

Logo depois do Reitor, a assessora de Planejamento da Católica, professora Conceição Bizerra, apresentou dados referentes à avaliação feita com o corpo discente em 2015. Entre outros aspectos, os números revelaram que os professores estão preocupados com a capacidade de leitura e produção de textos dos alunos, além da dificuldade de trabalhos em grupo e motivação para os estudos.

A Assessoria de Planejamento (Asseplan) destacou ainda pontos criticados pelos alunos, a exemplo das filas nos elevadores, acervo da biblioteca e deficiência de alguns laboratórios. “Esses instrumentos de avaliação ajudam a melhorar não só os cursos, mas a instituição”, destacou Conceição.

Encerrando a etapa de apresentações, a consultora da Ceplan (consultoria que está ajudando a Católica a montar o plano), professora Tania Bacelar, mostrou o cronograma de ações e explicou como funcionariam as oficinas. Os grupos elencaram forças e fraquezas estruturais da Católica.

Tania destacou a importância do planejamento na educação superior. De acordo com ela, nos últimos 20 anos o ensino universitário teve uma forte expansão nos países que formam o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

“É um ambiente de muita mudança. Não é à toa que as universidades estão fazendo planejamento. A educação superior ganhou um peso importante no Brasil com a vinda de grupos estrangeiros”, disse ela ao comentar o crescente número de alunos que chegaram às faculdades e universidades graças à programas de bolsas e financiamentos.

Depoimentos– Os estudantes foram organizados em três grupos. Durante uma hora e meia eles elencaram as forças e fraquezas da Universidade. Os principais pontos foram apresentados em plenária no anfiteatro do bloco G4. Os alunos falaram sobre a iniciativa da Católica em convidá-los a participar deste momento.

“Foi uma ideia interessante. Tivemos contato com alunos de outras áreas. Destaco a transparência da Universidade sobre o que ela vem a fazer e pedir a nossa opinião pra ajudar no desenvolvimento da Universidade”.

“Já era algo que eu esperava há um tempo. Essa interação da Universidade com os alunos é extremamente importante. A gente se sente feliz por ser ouvido. Mas além de ouvir é bom por em prática o que a gente fala”.

“A questão da sociabilização do conhecimento também passa pela estratégia do que a Universidade vai fazer. Quem melhor do que os alunos para dizer o que precisa? É importante fazer uma reflexão sobre o que é a Universidade, o que ela está nos oferecendo e o que podemos oferecer a ela através da nossa opinião”.