Boletim Unicap

Empresa Júnior Unicap realiza oficina de Animação Stop Motion

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A Empresa Júnior Unicap realizou, no dias 3, 4 e 5 de agosto, a Oficina de Animação Stop Motion, que integra o Festival Grand Prix Anim!Arte Recife 2016. A oficina foi ministrada pelo professor e diretor do Festival Anim!Arte, Alexandre Jurema, e aconteceu na sede da Unicap Jr.

O conteúdo abordado na oficina foi:

  • Criação de personagens;
  • Construção de bonecos articulados;
  • Modelagem com massa de porcelana fria;
  • Lip sync e dublagem;
  • Animação quadro a quadro (fotografia digital);
  • Edição.

 

Marclyson RodriguesMarclyson Rodrigues, diretor de Negócios e Marketing da Empresa Júnior Unicap, falou sobre a iniciativa de trazer essa oficina para a Unicap Jr. “Nós conhecemos o designer, educador e artista Ghuga Távora, no Start StartUp, evento de aceleração de ideias, onde as pessoas apresentavam seus Pitchs (roteiros de ideias), e ele teve a ideia de trazer o Festival Internacional de Animação – Anim!Arte, e as oficinas também. O objetivo principal dessa iniciativa é movimentar os alunos da Católica, tornar a sede da Unicap Jr. mais cultural, o movimento empresarial, na verdade, mais cultural, onde os alunos podem interagir com a arte, um pouco mais de perto, com essa parte de animação.”

Ghuga TávoraO encontro da Empresa Júnior Unicap, por meio do professor Anthony Lins e de seus diretores, com o designer educacional e artista visual, Ghuga Távora, rendeu, além da Oficina de Animação Stop Motion, outros projetos, como explica Ghuga Távora. “Após o contato com o professor Anthony Lins, eu vim aqui conhecer o espaço da Empresa Júnior e pensar atividades em inovações pedagógicas em produção cultural para agregar essa energia ao empreendedorismo. Nesse processo todo, demos origem a três ideias possíveis. A primeira é o ‘Educativo Júnior’, onde trabalharemos projetos de extensão em formação, com linguagens contemporâneas, mais inovadoras, que complementem a formação científica da Universidade, que seja um universo mais experimental, onde pode se por em prática aquilo que se pesquisa na Universidade. Então, criar esse universo mais de ‘ação-pesquisa’. Falam muito de pesquisa-ação, eu falo de ‘ação-pesquisa’, que é o inverso proporcional. A outra, seria usar esse espaço da Empresa Júnior como galeria, criando a ‘Galeria Júnior’. A gente fazer uma ‘unicaptação’ de talentos da Universidade Católica e outras universidades convidadas e fazer uma curadoria de projetos artísticos, que a gente pudesse criar exposições perenes aqui na Empresa Júnior, que todo mês tivesse uma mostra, proposta por professores, estudantes e convidados. A última, seria a ‘Eventos Júnior’, onde vamos pensar eventos arte-científicos, que é uma questão que perpassa por mediação cultural, mediar o público e o conhecimento. Como a gente pode escoar para a sociedade a produção arte-científica, que é feita nas instituições científicas.”

Alexandre JuremaAlexandre Jurema fala sobre a oficina. “A Oficina tem como finalidade a introdução à técnica, à linguagem da animação e, no caso da Oficina de Stop Motion, é uma introdução à linguagem cinematográfica de uma forma geral. O Stop Motion é uma das técnicas mais antigas, criada praticamente quando surgiu o cinema. Numa produção de Stop Motion você tem todos os elementos de uma produção cinematográfica, numa escala reduzida. Você vai trabalhar com bonecos, com cenários, com movimentos de câmera, com planos, estudos de planos de filmagem, só que no caso, os atores são os bonecos, criados e construídos por nós. A técnica é muito apropriada porque ela é coletiva. Ela é muito propícia para equipes trabalharem juntas. Uma equipe pode cuidar do cenário, outra dos personagens, alguém pode trabalhar com figurino, com desenho, pesquisa de estética de estilos gráficos. Então, é uma técnica que passa bastante informação interdisciplinar.”

O instrutor da oficina fala de que forma as técnicas vistas aqui podem influenciar na carreira dos participantes. “Eu sou professor de animação há muitos anos e eu defendo a ideia que a educação audiovisual é importante para todos. Numa sociedade onde o audiovisual, cada vez mais, faz parte da vida das pessoas, muitas têm consciência e muitas não têm essa consciência. De uma maneira geral, seja qual for a profissão que o estudante vai seguir, ele precisa se comunicar bem e não é só saber falar bem, é saber se comunicar com produções audiovisuais, pela necessidade de fazer boas apresentações de seus projetos. Enfim, eu acho que essa linguagem da animação é muito propícia para que as pessoas se comuniquem usando o audiovisual  de uma forma mais eficiente, mais desenvolvida. O outro lado, que eu sempre defendo, para os meus alunos é que criem uma consciência cada vez mais crítica sobre tudo que eles veem, todo esse conteúdo que nos rodeia, desde as crianças que podem ser induzidas pela publicidade a consumir um produto, seja ele bom ou mau, e a toda essa produção ao nosso redor, como filmes, séries, novelas e comercias. Eu defendo que a pessoa, quando entende o audiovisual como ele é produzido, ela pode criar o senso crítico mais apurado sobre toda essa nossa sociedade e se tornar uma pessoa mais consciente, mais crítica mesmo.”

Alexandre Jurema finalizou dizendo que a oficina, na Empresa Júnior Unicap, integra um projeto maior. “Essa oficina faz parte do Festival Anim!Arte, que já existe há 15 anos. É um Festival Internacional de Animação Estudantil, que também abrange categorias profissionais. Atualmente, o Festival recebe mais de 700 filmes e, no total, nós exibimos na edição anual, em torno, de 350 filmes, de mais de 60 países. Esse Festival tem como finalidade, também, formação de público. Trazer para um público, que talvez não esteja acostumado, um formato de ver mais de um curta-metragem, ao invés, de ver um longa-metragem só, e de toda possibilidade desse intercâmbio cultural, já que o Festival apresenta filmes de vários países, feitos por várias técnicas. Eu tenho certeza que isso é um ganho cultural.”

Helena LimaA oficina atraiu alunos de outros estados, como Helena Lima, estudante de Comunicação e Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. “Eu vim pela necessidade de uma proposta diferente, desse contato com a animação e todo esse processo que a oficina oferecia. Foi um preço  muito acessível, um local de fácil acesso e o interesse mesmo. A oficina ofereceu o passo-a-passo e todo o processo da animação, que é uma paixão e quem sabe um dia uma profissão.”

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