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Em pauta: jornalismo literário e as novas possibilidades da carreira profissional

Texto: Rafaella Magna / Fotos: Jessica Pimentel

Dando continuidade à programação do GP de Teoria do Jornalismo, no XI Encontro dos Grupos de Pesquisas do Intercom, a professora doutora Mônica Martinez (FiamFaam) coordenou a sessão de apresentação de trabalhos cuja temática foi O jornalismo literário e as novas possibilidades de carreira para os jornalistas. Na pauta das pesquisas apresentadas estavam o trabalho do freelancers, carreiras profissionais, webjornalismo, ensino e o jornalismo literário.

O mestrando Rafael Grohmann (USP) iniciou a discussão mostrando O Perfil dos Jornalistas Freelancers da Cidade de São Paulo. De acordo com a pesquisa realizada por ele, os frilas estão cada vez mais presentes no jornalismo. “Isso porque mais do que fazer carreira, as pessoas trabalham por um projeto”, explica Grohmann. E para se inserir nesse mercado é necessário participar das redes de relação de comunicação.

As Possibilidades de aplicação do conceito de carreiras profissionais nos estudos sobre jornalismo foi o tema seguinte com a apresentação do mestrando Fábio Henrique Pereira (UnB). Segundo ele, existe um interesse em entender a identidade do trabalho do jornalista. “Trata-se de um conceito maleável que permite múltiplos desenhos metodológicos, bem como a aplicação em diferentes objetos”, explica Fábio. A ideia de carreira é a sequência típica de estatutos, papéis e honrarias na qual uma profissão é cronologicamente definida.

O mestrando Ivo Dantas (UFPE) traçou um paralelo entre os impactos no fazer jornalístico e como ficam as empresas de comunicação com a pesquisa O Webjornalismo e a Sociedade da Informação. “Quando existe interatividade, customização, multimidialidade, hipertextualidade, memória e atualização contínua, acontece o webjornalismo”, segundo Dantas. O palestrando concluiu o pensamento através de um apontamento. As redes sociais são aliadas ou concorrentes das empresas de comunicação? Para ele, acontecem as duas coisas.

Após o período de indagação deixada pelo palestrante anterior foi a vez da professora Alice Mitika Koshiyama (ECA-USP) falar sobre O Ensino de jornalismo: lições da história para além do empirismo. O ensinar e exercer jornalismo, segundo Koshiyama, exige muito mais do que aprendizado. “É preciso perceber que algumas situações abominadas por nós são resultado das nossas heranças culturais”, alerta Mitika.

Já a coordenadora Monica Martinez (FiamFaam) deixou o “cargo” de lado para apresentar o Jornalismo Literário em Ambientes Digitais. A professora apresentou a sua pesquisa que tem como base um estudo de caso da produção da jornalista Eliane Brum. Essa temática, de acordo com Martinez, “permite ao jornalista literário ultrapassar a camada superficial do real, mergulhando nas dimensões profundas da realidade de forma a apurar, resgatar, compreender e relatar”.

A qualidade dos textos apresentados nesta edição do Intercom impressionou Monica Martinez. “Isso mostra que a gente tem pesquisadores bastante empenhados”. E, ainda, se mostrou encantada com a recepção dos pernambucanos. “Estar num ambiente, assim, influencia completamente no diálogo, fomentando uma discussão aberta”, finaliza.

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