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Debate sobre as Malvinas atrai grande público

Com o intuito de ouvir, aprender e discutir um pouco mais sobre a situação política das Ilhas Malvinas, o público lotou a sala 504 do bloco G. Os presentes tiveram  a oportunidade de se informar sobre a história do conflito entre a Argentina e a Inglaterra e conhecer possíveis soluções para o impasse. O professor de Psicologia da Universidade Católica de Pernambuco Alex Peña-Alfaro foi o responsável por mediar os debates entre os palestrantes Daniel Coelho, deputado estadual, e o professor e consultor Maurício de Albuquerque Wanderley.

Primeiro a falar sobre a situação das Malvinas, o professor Wanderley se preocupou em trazer para o público uma visão geral do que acontece por lá. Ele falou sobre os três lados envolvidos na discussão sobre a quem pertence o território: a Argentina, a Inglaterra, ou a própria ilha, tendo assim um país independente. Para o professor, este é “um problema fácil de se resolver, mas um assunto ainda delicado que geraria uma guerra de poder. “À primeira vista é simples, mas estamos tratando de questões antigas e hegemônicas”, afirmou. Ainda para Wanderley, o assunto só será resolvido se houver uma interferência da Organização das Nações Unidas (ONU) e/ou da Corte Internacional, ambos órgãos internacionais e, tecnicamente, pacificadores. O deputado estadual, Daniel Coelho lembrou que “não se pode negar o aspecto econômico da região”, já que as Ilhas possuem importantes jazidas de petróleo que interessam não só à Argentina e à Inglaterra, mas também ao Brasil, que é o maior produtor do produto na América Latina.

Daniel Coelho e Maurício de Albuquerque Wanderley

No debate aberto ao público alguns argentinos compareceram e puderam contribuir para agregar mais informações. “Se não houver uma política de Estado, não vamos resolver nada. A política econômica brasileira é uma política de Estado, por isso o Brasil está crescendo. Em 18 anos, o Brasil trocou apenas duas vezes o ministro da Economia”, disse o argentino Osvaldo Ortega. O argentino que mora no Brasil há 22 anos falou ainda sobre a época da guerra, que aconteceu em 1982, entre a Argentina e a Inglaterra pela soberania sobre os arquipélagos das Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul: “Não sentimos uma humilhação, sentimos uma tristeza enorme por ter sido enganados por um governo terrível”, disse, relatando o sentimento dos argentinos que não sabiam exatamente o que estava acontecendo, pois estavam focados na guerra que estava prestes a acontecer contra a Bolívia.

foto: Paulo Maia

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