Curso de Extensão de Direitos Humanos forma primeira turma

O Instituto Humanitas Unicap (IHU) realizou, na noite desta quarta-feira, dia 28, às 19h, no Anfiteatro do 3º andar do bloco G4, o encerramento da primeira turma do curso de Extensão “Direitos Humanos em Pauta: as principais demandas em tempo real”. Participaram do encontro a coordenadora do curso, professora Carolina Ferraz; o representante do IHU, Carlos Vieira, e o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), Padre Clóvis Cabral, que realizou uma atividade, com os concluintes, sobre o texto “A complicada arte de ver”, de autoria do escritor Rubem Alves.

No início da cerimônia, a coordenadora do curso, professora Carolina Ferraz, falou da experiência vivenciada desde agosto. “A gente não ensina, a gente aprende coletivamente e essa vivência coletiva com vocês foi uma vivência muito feliz de interação, de troca de saberes, de conhecimentos, de perspectivas, de buscas e de renovação da nossa esperança. A gente vive tempos trevosos e aí tudo que se refere ao humano tem sido, antes de mais nada, um ato de resistência, em que a gente precisa olhar para o outro e vislumbrar, no outro, alguém que não deixou morrer a esperança dentro de si. Vocês renovaram, todos os sábados, a nossa esperança, o nosso desejo de continuar pensando coletivamente, acreditando no humano e defendendo a diferença. Então, aos resistentes, o nosso abraço, o nosso sentimento de que melhores tempos virão, porque nós podemos fazer esses tempos acontecerem. Nós não vamos ficar esperando, não”.

Em seguida, Carlos Vieira agradeceu o convívio com os alunos. “Em nome do coordenador do Instituto Humanitas Unicap, o Pró-reitor Comunitário, Padre Lúcio Flávio Cirne, agradeço o convívio com vocês durante o período. Eu acho que aqui foi estabelecido um laço de amizade muito interessante, muito bom. Eu estava conversando com a professora Carolina, em uma de nossas reuniões, que o grupo é muito interessante, muito bom e eu gostei muito de ter participado com vocês no curso. Foi um prazer enorme vivenciar esse momento com vocês. Ainda em nome do Humanitas, quero agradecer ao Padre Clóvis Cabral por fechar brilhantemente a nossa aula de encerramento e entrega dos certificados.”

Padre Clóvis cumprimentou aos presentes e brincou dizendo que havia pensado em uma cerimônia formal e que Carlos Vieira “jogou um balde de água fria”. “Carlos disse não. Hoje dia 28 de dezembro, tá todo mundo vestido com a roupa do maracatu, todo mundo tá pensando na Rua da Moeda. Vamos mais devagar, porque isso é um direito humano, né?”, todos riram.

“Esses dias eu fiquei fascinado, para dizer uma palavra, com esse livro: ‘Como conversar com um fascista: reflexões de um cotidiano autoritário brasileiro’, da Márcia Tiburi. É uma filósofa bacana. É uma das pessoas que são ouvidas hoje. Além de ser uma pessoa que reflete legal, ela é um ser humano sensacional. Esse livro vale a pena, é legal de ler, muito gostoso.”

Padre Clóvis Cabral apresentou um texto de Rubens Alves, intitulado “A complicada arte de ver”, com o objetivo de provocar os alunos concluintes. “Para provocar essa nossa conversa, eu trouxe um pequeno texto de Rubens Alves, que eu gosto muito e utilizo esse texto porque ele provoca a gente a viajar e a pensar. Eu fiz cópias para a gente fazer uma leitura juntos e conversarmos a respeito.”

A complicada arte de ver. Rubens Alves

Em seguida, os alunos fizeram comentários sobre o texto.