Coronel da Polícia Militar realiza palestra no CTCH
Na tarde desta quarta-feira (11), o auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) recebeu o coronel do 10º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco, José Lopez, que ministrou uma palestra para alunos dos cursos de Serviço Social e Teologia da Universidade Católica de Pernambuco. Na ocasião, o coronel abordou o tema “Informação como combate à violência”. O assunto implica no novo método de atuação dos militares desenvolvido pela Secretaria de Defesa Social, intitulado como Polícia Amiga.
Segundo o coronel, a nova política de segurança pública tem como o objetivo aproximar o policial da comunidade formando um laço de confiança com os cidadãos e quebrando antigas imagens e paradigmas de polícia repressora.
Os policiais são preparados para agir em determinadas localidades e capacitados nas áreas do direitos humanos, relações interpessoais, mediação de conflitos e informática. A aproximação com a comunidade acontece rotineiramente, quando soldados do batalhão passam de casa em casa, para falar com moradores, distribuindo folderes explicativos sobre o programa juntamente com um questionário onde o cidadão responde sobre os problemas do bairro. “Com essas visitas, o policial acaba se tornando uma pessoa mais próxima do morador. Ele fica sabendo que não estamos ali para coagir ninguém e sim para dar a segurança necessária à localidade”, informou o José Lopes.
Reuniões regulares com líderes comunitários, moradores e representantes das igrejas católicas e evangélicas também acontecem com a finalidade de apresentar a guarnição responsável pelo patrulhamento do local, ouvir as pessoas, desenvolver campanhas educativas, participar e promover eventos culturais e esportivos diminuindo assim os níveis de violência da região.
Os policiais que se destacarem no bairro serão presenteados dentro da própria comunidade com folgas no trabalho, diárias em hotéis juntamente com a família, certificados e menções honrosas. Eles serão escolhidos pelos próprios moradores.
Grandes avanços já foram percebidos desde que o plano entrou em ação. No bairro de Santo Amaro, Região Metropolitana do Recife, a criminalidade caiu bastante e o local deixou de ser o bairro mais perigoso do estado. O projeto agora está sendo ampliado para outras comunidades carentes, como Coelhos e Coque. “Ser policial não é usar a violência, essa não é nossa finalidade. Não queremos ser temidos e sim respeitados, como todo o cidadão deve ser.Estamos presentes para manter a paz com o propósito de ser mais humanos e ter a maior aproximação com as comunidades”, falou o coronel.
