Comitê Pernambucano de Direitos Humanos realiza oficinas na Unicap
|O Pré-Fórum Pernambucano Mundial de Direitos Humanos promoveu oficinas na tarde desta terça-feira (5) na Universidade Católica de Pernambuco. Redução da maioridade penal, família LGBT e infância foram alguns dos temas debatidos durante os encontros.
As seis palestras realizadas pelo Comitê Pernambucano de Direitos Humanos funcionaram em forma de bate-papo e empolgaram quem estava assistindo. A plateia estava formada por alunos da Unicap, do Colégio Liceu Nóbrega e por pessoas interessadas em discutir os pontos relacionados aos direitos do homem.
A oficina Redução da maioridade penal: solução ou problema? foi coordenada pelas integrantes do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares, Valdênia Brito e Juliana Pedrosa. Valdênia, que também é professora de Direito da Unicap, falou da importância de desmistificar a ideia de que diminuir a maioridade penal reduz o envolvimento do adolescente com o crime. “Um país que deseja reduzir a criminalidade precisa trabalhar na perspectiva da educação e da garantia de direitos. Reduzir simplesmente a maior idade penal não resolve o problema.”
A discussão Saúde e Democracia como Direitos Humanos, comandado pelo professor Itamar Lagos, da UPE, garantiu a interação do público, que participou ativamente do debate. Em sua fala, o professor Itamar Lagos destacou que a garantia da saúde como um ponto fundamental à existência do homem. ” Não há como ser um humano sem saúde, logo é um fator fundamental que deve ser defendido pelos Direitos Humanos.”
Outra oficina que causou grande repercussão foi sobre a nova constituição familiar. A temática LGBT foi colocada como pauta pela integrante da Coordenação Nacional pela Igualdade, Leonora Pereira. A partir de uma rode de diálogos formada pelos alunos do Liceu, os alunos do Liceu foram convidados a refletir sobre a homofobia que ainda persiste no nosso país. Leonora também é presidente do Instituto José Ricardo Pelo Bem da Diversidade – fundação que leva o nome do filho dela, que foi morto há três anos, vítima do preconceito.