Cidade segura é tema do terceiro encontro do Fórum de Gênero
|A Universidade Católica de Pernambuco continua sua jornada da realização do 1º Fórum de Gênero em parceira com a Prefeitura do Recife, através da Secretaria Especial da Mulher. O evento tem como objetivo fazer uma integração do espaço acadêmico com o da universidade, onde fortalece a discussão de gênero no meio acadêmico e compartilha os saberes das mulheres, contribuindo para a valorização, promoção de direitos e o reconhecimento de as mulheres nascem num contexto de desigualdade.
Sexta-feira (24), o terceiro encontro tratou do tema “Cidade segura e o plano municipal de política para as mulheres”. A mesa de discussão foi formada por Ana Catarina, assessora técnica da URB (Empresa de Urbanização da Prefeitura); Lúcia Siqueira, assessora do Instituto Pelópidas da Silveira; Fabiana Dantas, assessora da presidência Emlurb; Rejane Pereira, secretária Especial da Mulher; Verônica Ferreira, educadora do SOS Corpo; e Nicinha, coordenadora do Colegiado do CMM.
A coordenadora do Núcleo de Estudos de Gênero da Católica, professora Andréa Almeida Campos, frisou que o Fórum tem como proposta também construir uma política pública que traga segurança às mulheres no ambiente de trabalho e social. “As mulheres hoje são as chefes de suas casas. Elas precisam sentir que as cidades sejam seguras, não só na questão da violência, como também na da mobilidade para deficientes físicos e mentais e no transportes público”, conta. “Queremos que o cotidiano proporcione o bem-estar, a produtividade e a felicidade das mulheres e da família”, conclui a professora.
Iniciada a discussão, as palestrantes tentaram deixar claro para as participantes que a maior busca é a de conseguir a redução das desigualdades entre homens e mulheres.
A discussão foi iniciada pela mediadora Wanda França, gerente operacional de temática da Prefeitura do Recife. As palestrantes abordaram e tiveram como foco o pensamento de uma cidade segura, em combate ao enfrentamento da violência contra a mulher. Apesar de ser inegável os avanços que asseguram cada vez mais os direitos às mulheres, esta desigualdade ainda está longe de ser superada. Mulheres seguem ocupando lugares menos privilegiados na sociedade.
Com essa ideia, podemos entender o quão a violência contra as mulheres é a expressão máxima das relações desiguais de gênero. Dados da Organização Mundial de Saúde, publicadas em 2005, revelaram que uma em cada seis mulheres no mundo sofre violência doméstica.
O próximo Fórum acontece no dia 26 de novembro e terá como tema: “O desafio de pensar políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres”.