Católica sediou o II Encontro Pernambucano de Gagueira
|“Gagueira não tem graça, tem tratamento” é o título da campanha de combate ao preconceito em relação à gagueira. 22 de outubro é o Dia Internacional de Atenção à Gagueira e, neste ano, o tema escolhido para se trabalhar foi “Gagueira, histórias que mobilizam”. Seguindo essa temática, o II Encontro Pernambucano de Gagueira propôs inverter os papéis. Na noite do dia 26 de outubro, no anfiteatro do bloco G4 da Universidade Católica de Pernambuco, quem ficou na plateia foram os estudiosos e o papel de falar sobre o tema coube aos portadores da gagueira.
Com o apoio da Unicap, do Conselho Regional de Fonoaudiologia 4ª Região (CREFONO 4) e da Prefeitura do Cabo, a segunda edição do encontro começou pontualmente às 18h30, e trouxe histórias de superação e coragem e também, para não deixar de lado a parte acadêmica, tivemos a fala da docente do curso de Fonoaudiologia da Unicap, professora Cláudia Rejane Lemos.
Após a abertura, feita pela coordenadora do Mestrado em Ciências da Linguagem da Unicap, Nadia Azevedo, o ex-aluno de Jornalismo da Católica, hoje assessor do CREFONO 4 e jornalista da Folha de Pernambuco, Maurício Junior- exibiu o seu trabalho de conclusão de curso, um curta metragem contando a saga de sua vida por conta da gagueira. Em seguida, três participantes do Grupo de Gagos da Unicap, fruto do Mestrado em Fonoaudiologia da Unicap, se apresentaram. O primeiro, Brasiliano Neto, um advogado do interior da Bahia que veio para o Recife em busca de melhor tratamento; Gilvado Pereira, administrador que buscou tratamento diversas vezes, mas nunca era classificado como gago, apesar da dificuldade na fala, e hoje encontrou no Grupo um apoio que resulta em melhoras; e a pedagoga Francineide Menezes, que encontrou o preconceito até mesmo na universidade onde estudou.
Para fechar o encontro, a professora Cláudia Rejane Lemos conversou sobre o cinema a serviço da compreensão da gagueira, usando como exemplo o filme ganhador do Oscar 2011, O discurso do Rei. “O filme aborda a relação do sujeito com a palavra, mostrando que nascemos na linguagem e nada somos fora dela. O maior mérito dele foi abordar a gagueira longe do gênero comédia para tratá-la no gênero drama”, frisou Cláudia, reforçando a necessidade de uma representação melhor dos gagos na mídia.
Quem quiser fazer parte do Grupo da Unicap pode entrar em contato pelo número 2119 4000, ramal 4024. Os encontros acontecem no bloco G4, na sala C2 nas quartas-feiras às 18h30 para adultos e as 17h para crianças.
so
u professora e tenho aluno gago na sala; gostaria de saber como devo ajudar a do filho com o atendimento de vocês.
Agradeço