Católica expõe objetos do Museu de Arqueologia
|Colaboração de Fernanda Guerra
Uma exposição sobre história, curiosidades e exemplos da arqueologia. A Universidade Católica de Pernambuco realiza um ciclo de programação intensa, iniciada nesta segunda-feira (17) e que se estenderá ao logo da semana, no hall do bloco A, em comemoração à 8ª Semana Nacional de Museus. O evento é organizado pela coordenadora do Laboratório e Museu de Arqueologia da instituição, professora Maria do Carmo de Caldas Dias Costa.
Megafauna, evolução do homem, história da cerâmica e pintura rupestre formam o roteiro da exposição. Alunos da Universidade Católica de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco abordaram os diferentes conteúdos, tendo, como suporte da apresentação, objetos de estudos do laboratório.
A diferença entre fósseis e ossos é um dos pontos explanados na área de Megafauna. Segundo o estudante do curso de Biologia e responsável pela apresentação do assunto, Igor Gominho, é necessário expor o tópico por haver um grande número de pessoas que confunde os conceitos. Fósseis são os ossos que já passaram por uma mineralização. Ainda nesse espaço, o aluno mostra as peças que ocupam a mesa. Preguiça gigante, tatu e hipopótamo são alguns deles. Além disso, ele fala sobre os animais maiores, destacando que estes são os primeiros a entrarem em extinção, por necessitarem de mais alimentos para sobreviver.
A seção sobre Cerâmica é constituída por exemplos de diferentes épocas da história, também com materiais do acervo técnico do Museu. Os visitantes podem aprender sobre a criação desses objetos, ocorrida há 25 mil anos. Na agricultura, os vasos desempenharam um papel fundamental de armazenamento de alimentos e começaram a adquirir maior importância.
O crânio das espécies humanas varia de tamanho ao longo da evolução. O Museu de Arqueologia demonstra isso através de sete réplicas de crânios, feitas em gesso, que representam os diferentes estágios evolutivos das espécies humanoides.
O primeiro crânio tem um volume aproximado de 400 mililitros e representa o Australopiteco, nosso ancestral que viveu há cerca de 1,7 milhão de anos e media um metro de altura. No outro extremo, há uma cópia da caixa craniana de um Homo sapiens, espécie à qual pertencemos, que surgiu há aproximadamente 100 mil anos, segundo informações dos monitores da exposição. O volume desta última peça é três vezes maior que o da primeira. A explicação é que, com a evolução, os seres humanos adquirem novas habilidades, e seu cérebro também aumenta de volume.
Outra seção apresenta imagens de pinturas rupestres, descobertas em sítios arqueológicos de Itapetim, Sertão pernambucano. As fotografias dividem espaço com reproduções dos desenhos pré-históricos, feitas por alunos do Colégio Souza Leão. Assim como nas figuras originais, as crianças retratam cenas de caçadas e imagens de animais.
A exposição acontece até o dia 21 de maio, no hall do bloco A. O horário de visitas vai das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h30.
Mais informações: (81) 2119.4192
qual a quantidade de fósseis no museu?
Em nosso laboratório existem fósseis de Megatério (preguiça gigante), mastodonte (arcada dentária) e Toxodon. Os fósseis de Megatério foram encontrados em Brejo da Madre de Deus. Logo, existe a possibilidade de que os fósseis aqui existentes sejam provenientes dessa região. O número exato das peças não pode ser informado, tendo em vista que existe um grande número de caixas com material ainda não identificado. Estamos fazendo contato com outras instituições para viabilizar a identificação por algum especialista.