Boletim Unicap

Casa de Direitos acolhe migrantes e refugiados

Acolher, proteger, promover e integrar são os principais objetivos da Casa de Direitos em favor dos migrantes e dos refugiados. A Casa de Direitos é um projeto desenvolvido pela Cáritas e a Universidade Católica de Pernambuco, por meio do Instituto Humanitas, para pôr em prática o Programa PANA de acolhimento e integração de migrantes. 

O programa iniciado em 2018 teve total apoio da Unicap, que colaborou com a sua estrutura física para instalação da Casa de Direitos dentro do campus da Universidade. O espaço conta com depósito para doações, sala de atendimento psicossocial, sala de reuniões/formação, sala de distribuição de doações, espaço equipado com computadores e acesso à internet para uso dos migrantes e espaço de convivência.

Já a Cáritas, por sua vez, assumiu a responsabilidade de contratação da equipe de atendimento composta por um psicólogo, assistente social, educador e auxiliar administrativo e toda a administração dos serviços prestados.

O programa PANA oferece diversos serviços e atividades, como por exemplo, assessoria jurídica, serviços de saúde, doações, cursos e formação. Além da acolhida e aluguel de casas para migrantes, entrega de cestas básicas, materiais de higiene, elaboração de currículos e orientações de entrevistas de emprego e encaminhamento para processos seletivos em empresas parceiras.

Nesses dois anos de existência do programa, já foram acolhidas aproximadamente 400 pessoas, integrantes de 100 famílias. Público esse, composto pelos mais diferentes perfis e nacionalidades, mas principalmente venezuelanos. Entre esses venezuelanos, estão aqueles que pertencem ao povo indígena Warao, e necessitam uma atenção especial por seus costumes e cultura indígena.

Uma situação de vulnerabilidade ainda maior causada pelo momento de pandemia vivido no mundo. Cerca de 70% das pessoas com condição de trabalho – homens e mulheres que são pilares da renda familiar -, acolhidas pelo programa, estão desempregadas ou estão obrigadas a sobreviverem de subempregos. Pessoas que possuem conhecimentos em culinária, artesanato, e serviços como consertos, reformas, limpeza, organização de eventos, estética. Número que tem crescido ainda mais em consequência dos impactos da Covid-19 na economia.

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