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Andrés Lieban faz palestra na Católica em comemoração ao Dia Internacional da Animação

A Universidade Católica de Pernambuco sediou, na noite de sexta-feira (28), no auditório G2, evento em comemoração ao Dia Internacional da Animação. Na ocasião, os estudantes puderam assistir a uma mostra de curtas de animação de diversos lugares do mundo, que passavam pelo Japão e até chegar a Portugal. Os curtas tratavam de assuntos variados, falando de temas como amor, solidão, violência, impaciência e até sobre corrupção.

Após a exibição dos curtas, o diretor e criador da série de animação Meu Amigaozão, Andrés Lieban, falou sobre a sua carreira, do dia a dia da elaboração da série que está presente no mercado internacional e explicou ainda um pouco sobre o software que  ele utilizada. “O que eu acho importante falar e que eu falo pra todo mundo é que não adianta você ter um software complexo ou completo e ele te facilitar um monte de coisas, se você não tem conhecimento do que é animação. Isso está acima de qualquer coisa.Você tem que levar em conta que a formação artística que a animação precisa vai muito além do software. Animação vem de uma palavra em latim: anima, que significa alma. E isso faz uma diferença grande de você pegar um objeto e mover, do que você animar. Quando você move, você vê ele mexendo, mas ele não convence. Só por mover não convence a audiência que aquilo ali é um personagem, que aquilo ali está vivo. Quando você coloca atuação, quando você coloca a alma – e a alma é medida na forma que você acelera e desacelera o movimento, quando você confere peso aos personagens e aos objetos –  e ai você coloca a animação, você convence a todo mundo que ele tem sentimentos, que ele tem vida, e isso é muito mais importante do que saber mexer num software”, enfatizou.

Além de Meu Amigaozão, Andrés e sua equipe criaram o curta Aquarela para fazer parte do DVD do cantor e compositor Toquinho. A equipe também criou outras animações de curta e séries, mas Andrés afirma que hoje tanto os curtas quanto as séries têm seus pontos baixos: “As séries e os longa-metragens são um complemento do curta. No curta você tem liberdade pra criar e controlar o conteúdo como você quiser. No caso da série, você tem muita gente opinando: tem a televisão, tem os produtores, que querem fazer assim, fazer assado. Então, a tendência é que você tente agradar um pouco a todo mundo e, quando você faz isso, o conteúdo fica muito mais pasteurizado. Isso por se só já é uma desvantagem em relação ao curta. Mas a desvantagem do curta-metragem é que você não tem vida comercial. Você tem prêmios em festivais e um cachê aqui e ali, mas ele não vai te dar sustento, não vai te possibilitar uma geração de emprego pra um grupo”, frisou.

Para finalizar a sua apresentação, Andrés Lieban fez perguntas para a plateia sobre a série Meu Amigaozão e distribuiu brindes para as pessoas que sabiam as respostas corretas.

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