Alunos do Mestrado e Doutorado em Ciências da Religião participam de excursão para a Oficina de Brennand
|Com informações do Observatório Transdisciplinar das Religiões
Sob coordenação do professor Artur Peregrino e orientação da professora Dra. Véronique Donard, vai acontecer no próximo dia 26 de agosto, das 7h30 às 13h30, uma excursão acadêmica, promovida pelo Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife, com os alunos dos programas de Pós-Graduação em Ciências da Religião, à Oficina Francisco Brennand. Todo semestre o grupo realiza uma caminhada por centros religiosos da região. O local escolhido, desta vez, é um espaço de arte impregnado de símbolos sagrados.
Francisco Brennand é um artista plástico, nascido em 1927 (veja aqui uma auto-apresentação e uma reflexão sobre sua obra aqui). Fez o Parque das Esculturas no Marco Zero do Recife, mas é reconhecido principalmente pela sua Oficina. Os Brennand vieram com as ferrovias inglesas e entraram no ramo de olaria. Francisco dedicou-se à literatura, desenho e pintura, mas é conhecido sobretudo pela sua cerâmica. Participou do Movimento Armorial, junto com Ariano Suassuna.
A Oficina de Brennand, no bairro da Várzea no Recife, surgiu em 1971 nas ruínas de antiga olaria da sua família, cercada de Mata Atlântica e banhada pelo Rio Capibaribe e vem sendo construída e esculpida pelo trabalho obstinado do pernambucano Francisco Brennand, que está permanentemente transformando a arquitetura do lugar pela sua arte.
“Lugar único no mundo, a Oficina Brennand constitui-se num conjunto arquitetônico monumental de grande originalidade, em constante processo de mutação, onde a obra se associa à arquitetura para dar forma a um universo abissal, dionisíaco, subterrâneo, obscuro, sexual e religioso”, afirma a apresentação oficial.
O objetivo dessa peripateia, aberta a quinze interessados através de inscrição (pelo email arturperegrino@gmail.com), é apreciar a obra de arte numa visita guiada e debater com o grupo sobre a dimensão de sagrado que nela transparece. O conceito de sagrado evoca uma essência fenomenológica das experiências religiosas: como o ambiente da Oficina, contornado de formas sensuais, remete à ou reconfigura a vivência de sagrado?! Como a arte e o profano interagem com a religião? Quem tiver coragem para enfrentar esse labirinto é muito bem-vindo!
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