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Alunos de Relações Públicas realizam debate sobre a violência obstétrica

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“ Marcas psicológicas da violência obstétrica”. Esse foi tema do debate que aconteceu na noite desta sexta-feira(23), no anfiteatro do bloco G4. O evento teve como mediadora a estudante  Karolina Melo.

O enfermeiro Gilmar Júnior, especialista em saúde pública exibiu um vídeo, que retrata a triste realidade brasileira. O Brasil lidera ranking dos países com  maior número de cesárea. Segundo Gilmar, a OMS ( Organização Mundial de Saúde) recomenda que no máximo 15% dos partos sejam realizados através de cesáreas. “ Praticamente todos os estados do país extrapolam esse número, chegando a mais de 90% dos casos”.  Um dos motivos para as mulheres optarem por esse procedimento na maioria das vezes é por conveniência dos médicos, e até pela influência da família. Uma cesárea dura de 15 a 20 minutos, enquanto um parto normal pode durar o dia inteiro. Um médico recebe R$400,00 por cada cesárea e R$180,00 se for um parto normal. O interesse financeiro está acima do bem-estar e da saúde. Um dado preocupante revelado na palestra foi o fato dos hospitais privados serem responsáveis por 95% dos casos de cirurgias cesarianas.

A advogada Mariana Maranhão explicou a complexidade do tema, do ponto de vista jurídico: “É uma situação bastante complicada, pois não existe uma legislação específica para punir os médicos e hospitais”. A psicóloga Amanda Brito Lyra falou sobre a importância da humanização do parto. “ É um momento que deve ser único para a mulher. Ela é a grande protagonista desse processo, e não o médico. É um assunto que apesar de ser bastante delicado,é pouquíssimo discutido na área  dos profissionais de saúde”, enfatizou.

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