Alunos de Letras encenam releitura do Auto da Barca do Inferno
|Fotos: Rafael Offeman, aluno do curso de Letras / Divulgação
Alunos do curso de Letras da Universidade Católica de Pernambuco transformaram, na noite da quarta-feira, dia 5 de junho, o Auditório G1 em um teatro, para encenar uma releitura do Auto da Barca do Inferno, do comediógrafo português Gil Vicente. A versão dos alunos foi chamada de Auto na Barca do Inferno no Século XXI. A atividade, que lotou o auditório, fez parte da avaliação da disciplina Estudos de Língua Portuguesa, do 3º período, ministrada pela professora Fabiana Câmara Furtado.
Gil Vicente é autor de várias peças, que mistura humor com questões religiosas, com o objetivo de passar, através do teatro, uma mensagem moral para o público que assiste. Segundo a professora Fabiana, o comediógrafo seguiu à risca o lema latino ‘rindo se corrige os costumes’.
Na adaptação, os alunos encenaram representações do cotidiano, onde pessoas que já morreram, almas que estão no além, vão representar vícios que praticavam em vida. A intenção da peça é fazer, através do riso, fazer os expectadores repensarem suas atitudes e, quem sabe, mudar o seu comportamento.
Para a professora Fabiana Furtado a experiência foi muito prazerosa por conta da participação da turma, formada por aproximadamente 60 alunos, que se dedicaram de corpo e alma ao projeto. Ela destaca que apesar de ser uma espécie de teatro amador, tudo foi feito com capricho e ficou bonito, graças ao empenho da turma. O grupo foi dividido em setores como elenco, roteiro e direção, cenário, maquiagem, figurino e divulgação do evento nas Redes Sociais e em outras instituições de ensino e colégios.
“A importância da atividade é muito grande. Primeiro por aproximar os alunos do texto literário, porque a minha intensão é que, através do texto literário, eles possam saborear tudo que o ele possa oferecer; também, fazer com que os alunos tomem gosto pelo teatro, pela produção artística em geral e que possam se envolver com a arte em vários ângulos. Gostaria de ressaltar que na peça temos atores profissionais, alunos do curso de Letras, e foram muito importantes para trabalhar e treinar os colegas que não são profissionais. Isso tudo é importante, além de trazer a comunidade para a Unicap”, destaca a professora Fabiana Furtado.
O coordenador do curso de Letras, professor Antônio Moraes, destacou que a atividade amplia o capital linguístico dos alunos. “Momentos como este são muito interessantes e importantes porque promovem interação e colaboração, gerando sentimento de pertencimento do aluno em relação ao grupo, ao curso e à instituição, bem como permitem a ampliação do capital linguístico, artístico e cultural.”