Boletim Unicap

Alunas e professoras de Ciência da Computação lançam campanha “Lugar de Mulher é na Unicap”

O engajamento das mulheres que fazem o curso de Ciência da Computação da Universidade Católica de Pernambuco movimentou o campus na noite desta quarta-feira (7). Elas lançaram uma campanha de combate ao preconceito e machismo intitulada Lugar de Mulher é na Unicap. A atividade aconteceu no auditório G2.

Liliane e Andrea Camara

A iniciativa partiu de alunas e professoras que formam o grupo Únicas – Mulheres na Tecnologia e contou com o apoio de gestores da Universidade. O lançamento foi prestigiado pela diretora do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), Profª Drª Andrea Camara; e pelos Pró-reitores de Graduação e Extensão, Prof. Dr. Degislando Nóbrega, e o Comunitário, Prof. Dr. Padre Lúcio Flávio.

A organização das Únicas conta com onze alunas e a coordenadora do curso de Ciência da Computação, Profª Liliane Fonseca. “Essa mobilização veio de uma aluna que queria transformar a Universidade em um ambiente livre de preconceito contra mulheres no universo da computação”, contou a docente que, a partir do relato da aluna que se sentiu incomodada com o machismo, resolveu aderir à mobilização.

O grupo quer servir como ponto de apoio para mulheres (alunas ou professoras) que desejam lutar contra o machismo e preconceito na área de tecnologia, majoritariamente masculino. “Às vezes, as próprias mulheres praticam o machismo por estarem num ambiente cercado por homens”, disse a aluna Bárbara Lemos.

De uma média de 500 estudantes matriculados no curso de Ciência da Computação na Unicap, apenas 54 são mulheres. “Nós queremos diminuir o assédio e o machismo e aumentar a permanência das mulheres no curso porque muitas delas desistem no 1º ou 2º períodos, justamente por fazerem parte de uma minoria”, analisou a aluna Daniela Guedes.

Durante o lançamento da campanha, houve depoimentos sobre ocorrências de machismo, assédio e na sequência outras mulheres fizeram considerações sobre os relatos, iniciando um debate. Turmas de Ciência da Computação e de outros cursos da Universidade foram levadas para participar da atividade. “As mulheres podem ser protagonistas mesmo em ambientes ditos masculinos”, ressaltou Liliane.

Minucurso – A programação da campanha terá outra atividade na próxima, terça-feira (13), às 18h, no auditório G2. As organizadoras irão promover um debate sobre soluções para os problemas enfrentados por mulheres na tecnologia, seguido de um minicurso sobre Comunicação Não Violenta (CNV).

 

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