Boletim Unicap

Bispo Auxiliar da AOR participa de abertura do semestre letivo dos cursos de Teologia e Filosofia

A abertura oficial do semestre letivo dos cursos de Teologia e Filosofia da Unicap contou com a participação do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Limacêdo Antonio da Silva. Ele celebrou uma missa na Capela da Universidade e em seguida ministrou uma palestra sobre seu Lema Episcopal: O Verbo de Deus se fez carne. Como já é tradição na Igreja, os Lemas Episcopais são retirados de passagens bíblicas. No caso de Dom Limacêdo, veio do Evangelho Segundo João (1,14). Os dois eventos contaram com as presenças da comunidade jesuíta, professores e alunos.

Durante a missa, Dom Limacêdo fez menção a figuras que marcaram a Igreja no Brasil e no mundo. “Helder Camara é e sempre será um grande modelo porque ele conseguiu unir o amor e a justiça. Ele sempre tinha uma resposta diante de qualquer pergunta e sempre de maneira delicada. Ele sempre procurava cantar o canto do amor, da verdade, do bem, da justiça e da paz”. A data de hoje marca os 19 anos da morte de Dom Helder, que  é Doutor Honoris Causa da Unicap. O título foi concedido em 1983.

Dois jesuítas foram destacados por Dom Limacêdo. Dom Luciano Mendes de Almeida e o Papa Francisco. Dom Limacêdo relembrou a capacidade de Dom Luciano de promover a conciliação. “O episcopado deve muito a Dom Luciano. Em momentos complicados, ele foi uma luz, um guia”. Sobre o Pontífice, Limacêdo afirmou que o “Papa Francisco iluminou a vida da Igreja”. Ao final ele resumiu que os três são ” a denúncia viva, escrita não do livro, não em pedras, mas no coração de cada uma e de cada um. Bem aventurados somos nós que tivemos a possibilidade de conviver com esses homens, de tocá-los. Mas, quem não conviveu, conviva com o espírito, com compromisso. Essa Arquidiocese precisa muito desses três símbolos para continuar anunciando o Evangelho”.

Logo após a missa, todos se dirigiram ao auditório G2, onde Limacêdo proferiu palestra sobre seu lema e brasão episcopal (veja os detalhes na foto). Ele deu uma explicação histórica sobre adoção de brasões no episcopado e critérios utilizados nos desenhos que ilustram os lemas, a exemplo dos detalhes de familiares e antecessores. Ele relembrou os brasões do Papa João Paulo II (marcado pela devoção à Maria), Bento XVI ( que teve como critérios a Teologia e a História), o Papa Francisco (que tem como tema Olhando com Misericórdia o Escolheu) e Dom Helder (Com o Pensamento no Céu e os Pés na Terra). “Para mim, ele ensaiou a espiritualidade do cuidado”. 

A mesa dos trabalhos foi composta pelo diretor do Centro de Teologia e Ciências Huamanas, Prof. Dr. Danilo Vaz Curado; pelo coordenador do curso de Teologia, Prof° Dr. Sérgio Douets Sezino; pelo coordenador do curso de Filosofia, Prof. Dr. Padre José Marcos Gomes de Luna; pelo Pró-reitor da Graduação e Extensão, Prof. Dr. Degislando Nóbrega; e pelo Reitor da Unicap, Prof. Dr. Padre Pedro Rubens, que ao final fez um agradecimento a Dom Limacêdo.

Durante sua fala, Padre Pedro explicou os fundamentos teológicos que inspiraram a reforma da Capela dedicada a Santo Inácio de Loyola e que foi baseada na fé, justiça e reconciliação, “o trinômio que vai orientar os jesuítas nos próximos séculos”. Ele também falou das representações icônicas que decoram a Capela, entre elas a Cruz inspirada na Cruz de Dom Helder. “É o símbolo do nosso Jubileu”. Na sequência, Padre Pedro entregou cópias de documentos históricos, cartas escritas por Dom Helder sobre o contexto da Igreja e do Brasil em 1969.

Dom Limacêdo encerrou fazendo questão de ressaltar que defende a formação teológica e filosófica dos seminaristas na Universidade. “A vossa permanência aqui é muito importante. Eu acredito nela e enquanto eu puder incentivar os meus irmãos bispos das dioceses a vocês permanecerem aqui o farei com toda alegria do meu coração. Esse lugar aqui é muito importante. Estamos numa Universidade para lembrar que o mundo é amplo. O mundo não pode ser fechado num seminário. Os padres de ontem, de hoje e de sempre precisam estar em diálogo constante com a sociedade.”

 

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