Boletim Unicap

Humanitas e Neabi promovem ato em favor dos direitos indígenas

 

 

 

 

Dentro da programação da Virada Pascal e em comemoração ao Dia do Índio, o Instituto Humanitas e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) promoveram, na manhã desta quarta-feira (19), no hall do bloco G, um ato em favor dos direitos indígenas.

O Pró-reitor Comunitário e coordenador do Instituto Humanitas, Padre Lúcio Flávio Cirne, explicou que o ato foi uma forma de chamar atenção para a realidade dos povos indígenas e sobre os seus direitos. “Queremos que as pessoas que passem pelo hall do bloco G parem e reflitam sobre o assunto”, destacou.

O evento teve participação do Padre Francisco, que falou sobre a realidade dos povos indígenas no Brasil, especialmente no Nordeste, onde ele representa o Conselho Indigenista Missionário. Ele falou sobre a conjuntura nacional, mostrando que a maioria dos  brasileiros desconhece os problemas enfrentados pelos povos indígenas no Brasil.

Também esteve presente o pesquisador do tema Indígena no Brasil e participante da Rede Latino-Americana de Antropologia Jurídica (Relaju), Manoel Moraes, que falou sobre os direitos e reconhecimento da população indígena. “Defendo a garantia das populações indígenas terem o seu território reconhecido, suas tradições e crenças, que é o que está na Constituição, mas nunca foi efetivamente respeitado”.

A professora do curso de Serviço Social da Unicap e coordenadora do Neabi, Valdenice Raimundo, acredita que a questão do indígena precisa ser refletida. “Em determinadas situações, a questão é tida como algo folclórico sem ter uma reflexão da realidade indígena no século XXI”, frisou, acrescentando que  “temos, em Pernambuco, 13 povos, e as pessoas não conhecem os indígenas, as suas realidades, suas necessidades, suas lutas e resistências”. Valdenice afrimou que o Neabi apoia a luta dos povos indígenas, que têm tido os seus direitos ameaçados.

O aluno de Jornalismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Talisson Silva é indígena e falou um pouco sobre suas experiências, a importância da valorização da cultura e sua aproximação com o Neabi.  “A gente precisava de uma divulgação maior sobre as questões indígenas até porque a população praticamente não conhece a história dos índios em Pernambuco”.

 

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