Boletim Unicap

Grupo de pesquisa discute a finitude em abordagem interdisciplinar

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Fotos: professor João Luís

O II Simpósio promovido pelo grupo de pesquisa Religião Cristã, Fundamentos e Desafios Contemporâneos discutiu, ao longo desta quarta-feira (9), o tema Finitude. O evento reuniu pesquisadores e profissionais de várias áreas do conhecimento numa abordagem interdisciplinar. O grupo tem a coordenação do Prof. Dr. João Luís e do Prof. Dr. José Tadeu e faz parte do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião.

O pastor Edvaldo Shamá foi um dos convidados. Ele abordou o papel das religiões diante da finitude, focando o cristianismo, judaísmo e islã. O tema faz parte de uma pesquisa que Shamá pretende desenvolver no Mestrado explorando o que ele chama de “vida pré-morte, ou seja, o morrer”. O pastor levanta questões que fazem parte da interseção entre a medicina e a espiritualidade.

“Precisamos desmitificar a finitude porque é um escopo maior que a ideia de últimos anos ou últimos dias. Você vive níveis de finitude durante sua existência. A finitude não é somente na última ponta”, disse Shamá ao explicar o conceito de Consciência de Vulnerabilidade, criado por Brené Brown.

De acordo com Shamá, a pesquisadora americana constatou que as pessoas que mais conviviam bem com a vida eram aquelas que tinham consciência de sua vulnerabilidade. Shamá indicou  o livro dela The Power of Vulnerability no qual a poder da vulnerabilidade é tido como lugar de nascimento do amor, alegria, pertencimento, confiança, empatia, criatividade e inovação. “A morte limita o ser humano, desperta a vontade de transcender”, pontuou o pastor.

A finitude sob o ponto de vista teológico-pastoral foi o tema discutido pelo outro convidado do simpósio. O padre Christiano de Souza e Silva, professor do curso de Teologia da Unicap, falou sobre a atuação das Pastorais da Saúde e dos Enfermos da Igreja Católica. De acordo com ele, esta última busca humanizar e cristianizar os ambientes dos tratamentos dos doentes. “É dar um sentido cristão ao sofrimento, aproximando o enfermo de Cristo e levando-o a um ato de fé e esperança”.

Manhã – A programação do Simpósio contou ainda com debates promovidos na manhã desta quarta-feira (9). A visão psicológica foi abordada pela Doutoranda em Psicologia Clínica da Católica, Cirlene Francisca Sales da Silva. Já o aspecto filosófico foi discutido pelo professor do curso de Filosofia da UFPE, Jesus Vasquez.

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