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Pesquisa de professor e alunos de Engenharia Civil mapeia fluxo de transporte nos arredores da Universidade Católica

Placa borradaUma pesquisa sobre o fluxo de estudantes chegando e saindo da Unicap pelos meios de transporte pode ajudar a melhorar o trânsito nos arredores do campus. Intitulado Mobilidade Urbana do Corpo Discente da Universidade Católica de Pernambuco, o trabalho de conclusão do curso de Engenharia Civil de Diego Moura e Tatiana Vergetti foi orientado pelo professor Mauricio Pina.

Os resultados tiveram como objetivo fornecer subsídios para o desenvolvimento do Plano de Mobilidade do Recife e também para o Plano Centro Cidadão, um estudo que está sendo desenvolvido pela Católica em parceria com a Prefeitura do Recife, que busca adequações urbanísticas em bairros vizinhos à Universidade (Coelhos, Ilha do Leite, Paissandu, Santo Amaro e Soledade), além da própria Boa Vista.

Ao longo do último semestre (2015.2), Diego e Tatiana aplicaram 785 fomulários eletrônicos para conhecer a rotina de estudantes de 23 cursos da Católica. A amostra corresponde a 8,5% do total de alunos. Os dados indicam que a maioria (64,2%) reside no Recife, seguida de Olinda (11,4%), sendo o restante distribuído em outros municípios.

Cerca de 3,3% dos entrevistados moram em municípios como Tamandaré, Goiana, Vitória de Santo Antão, Carpina, Ribeirão, Pombos, Passira, Lagoa de Itaenga, Glória do Goitá, Nazaré da Mata, Escada e Paudalho, deslocando-se diariamente para a Católica. “Eu tenho um aluno que vem de Serra Talhada duas vezes por semana para assistir às aulas de uma disciplina. E ele vem e volta com a maior disposição”, contou o professor.

IMG_0712A pesquisa demonstrou também que quanto mais distante o estudante mora da Universidade, maior é a tendência de ele usar ônibus para se deslocar. “Conclui-se que, em um raio entre dois e cinco quilômetros, prevalece o uso do automóvel; entre cinco e dez quilômetros, predomina o deslocamento por ônibus; já a partir de 10 quilômetros, verificou-se o equilíbrio do uso de ônibus e carro”, destaca Pina.

Entre os usuários de automóvel, 65% utilizam o estacionamento da Católica; 31% usam as vias públicas para estacionar os carros; e o restante (4%) coloca os automóveis em estacionamentos privados. “Uma das recomendações do nosso trabalho é a construção de um edifício garagem multiuso no campus para diminuir o impacto nas vias públicas. Mas a nossa principal intenção é estimular o uso do transporte público”, explica Tatiana.

Outra constatação da pesquisa é que os problemas de mobilidade vão além do transporte. Dizem respeito à segurança. “Observamos que quem mora mais perto da Universidade, num raio de pouco mais de dois quilômetros usa o carro para vir à Católica. Tem muita gente que mora no Espinheiro, por exemplo, que vem de carro. Isso tem a ver como o medo de ser assaltado”, pontua Diego.

IMG_0706Há dados relevantes quanto ao perfil de quem usa ônibus. Cinquenta e um por cento utilizam a parada da Rua do Príncipe para o desembarque; vinte e oito por cento os pontos da Avenida Conde da Boa Vista; e quatro por cento a Avenida Visconde de Suassuna. Esses números sofrem alterações no fluxo de saída da Católica: Rua do Príncipe (43%); Conde da Boa Vista (27%); Suassuna (15%).

“Outra preocupação nossa foi quantificar por turnos. Cada horário tem uma resposta diferente. Quem estuda pela manhã, tende a vir de outros bairros e à tarde permanece no Recife para estagiar. Já quem estuda à tarde ou à noite, tende a ter o Centro como origem porque vem da atividade profissional. O tempo de deslocamento predominante na ida à Católica é de 45 minutos a uma hora (para 23% dos entrevistados) e na volta é de 20 a 45 minutos (para 44% dos entrevistados)”, detalha o professor Mauricio Pina.

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