Boletim Unicap

Alunos de Ciências Contábeis visitam Complexo Industrial de Suape

Alunos do 1º, 6º e 7º períodos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Católica de Pernambuco visitaram, na manhã dessa quarta-feira (09), o Complexo Industrial Portuário de Suape com o professor e coordenador do curso, Josiel Barbosa. A atividade foi direcionada aos estudantes que estão iniciando o curso, para a disciplina de Contabilidade Introdutória, mas alunos de outros períodos também foram convidados.

“A finalidade da visita é de fazer com que os nossos futuros contadores conheçam parte do potencial econômico que Pernambuco tem através do Porto de Suape”, afirmou o professor Josiel. Em Suape, os alunos da Unicap foram recebidos pelo orientador pedagógico, Erasmo Souto, um senhor muito bem humorado que mostrou a grandiosidade do Complexo Industrial aos universitários.

No momento inicial, Erasmo levou os jovens ao Centro de Treinamento de Suape onde realizou uma palestra sobre o Porto e seus projetos. Suape é uma palavra de origem indígena que significa “caminhos sinuosos de difícil acesso” e, de acordo com Erasmo, tem tudo a ver com o relevo no qual Suape está localizado. “40% do território de Suape pertence a Ipojuca e os 60% restantes são do Cabo de Santo Agostinho. As maiores empresas de Suape estão localizados no município de Ipojuca, o que o torna o maior arrecadador de impostos do Estado.”

Hoje, dentro de Suape, existem 104 empresas operando e 21 sendo construídas. Para as que estão funcionando, foram criados 15 mil empregos diretos, 20 mil indiretos e 30 mil operários contratados. “A forma mais eficiente de combate à violência é a geração de empregos. Um pai de família que trabalha e recebe um salário mínimo por mês, com direito a benefícios, vai pensar melhor antes de assaltar alguém para dar de comer aos filhos”, afirmou Erasmo.

A infraestrutura que o Complexo de Suape propicia às empresas tem atraído investimento de grandes e pequenos empresários a se instalarem no porto como disse Erasmo. “Fizemos 42 quilômetros de rodovias conservadas e financiadas por Suape, onde circulam 3 mil veículos diariamente; não temos problemas com água, pois a região é cortada por três rios, temos duas barragens; a energia também é outro item importante da infraestrutura que o Complexo oferece. Aqui em Suape gera-se energia suficiente para abastecer toda a Região Metropolitana do Recife.”

Mas Suape não se restringe a tecnologia e indústria. O Complexo também realiza um trabalho de serviço social, com as pessoas que já habitavam antes as terras da região. “Temos 32 anos de convivência pacífica com os moradores da região. Aqui no Centro de Treinamento, funciona uma escola de ensino fundamental e médio para os filhos dessas pessoas. Além disso, Suape custeou a reestruturação das casas dessas famílias, trocando a taipa pela alvenaria e também concedeu um pedacinho de terra para que eles pudessem cultivar frutas e verduras e criar animais”, contou Erasmo.

Em troca, Suape recebe fiscalização por parte desses moradores. “Por incrível que pareça, há tentativas de desmatamento, princípios de incêndio e novas invasões de terras dentro de Suape. Os habitantes da região nos ajudam bastante na fiscalização”,  relatou Erasmo. Ele também afirmou que Suape se preocupa com essa questão da consciência ambiental e incentiva o desenvolvimento de forma sustentável. “Temos uma preservação que não cai de 45% e ela tem sido feita com a assistência de órgãos responsáveis como o Ibama.”

Depois da palestra de Erasmo, os alunos deram um passeio pelo Complexo de Suape, viram de perto o Pólo Petroquímico, o local onde se está construindo a Refinaria e o mais recente navio construído no Estado. Depois seguiram para a torre central de monitoramento do Porto, de onde se controlam todas as embarcações que vão atracar em Suape e, também, as que estão passando perto do Porto, em um raio de 5 km.

Erasmo falou de como é importante trazer pessoas para conhecerem o Porto de Suape, sobretudo os pernambucanos. “A importância principal é de cutucar o poço de vaidade do pernambucano e mostrar a ele o que a gente tem de melhor. Não adianta ficar se gabando de coisas que vêm de fora se dentro temos uma riqueza tão grande como Suape”, disse. Em 2009, o Complexo Industrial de Suape recebeu cerca de 13 mil visitantes. A expectativa para este ano é de que os números ultrapassem 15 mil.

print

Compartilhe:

Deixe um comentário