Professora de Publicidade e Propaganda da Unicap tem artigo selecionado para E-Book
|A PaperCliq, agência baiana de comunicação digital, vai lançar um E-Book sobre Mídias Sociais. Para isso, ela solicitou que resumos de artigos sobre o assunto fossem enviados à empresa. Dos 32 artigos submetidos, apenas 7 foram selecionados, sendo um deles o da publicitária, jornalista e professora da Universidade Católica de Pernambuco, Izabela Domingues.
Atualmente, Izabela está fazendo mestrado sobre a temática pela Universidade Federal de Pernambuco com o objetivo de mostrar como as mídias digitais mudaram as relações entre consumidores e marcas. E é exatamente isso que Izabela tratou no artigo “Netizens e prosumers: novas mídias, co-criação e consumerismo político” enviado à PaperCliq.
“O ‘prosumer’ é o consumidor produtor de conteúdo e os ‘netizens’ são citizens (cidadãos) que utiliza a rede social para fazer valer seu ponto de vista. Eles são figuras fundamentais na mudança de relação que a mídia social está propiciando”, afirmou Izabela.
“A possibilidade de criação e circulação de conteúdos elaborados pelos consumidores estão intensificando uma nova forma de ação política a partir do consumo: o consumerismo politico. É uma possibilidade de cultura colaborativa.” De acordo com a professora, os consumidores estão tomando uma série de posicionamentos políticos, através da compra ou não-compra de produtos e serviços, os chamados “buycotts” (uma espécie de boicote virtual a determinada marca).
“Com os mecanismos de co-criação de conteúdos transmidiáticos, as grandes empresas mundiais e suas marcas são alvo de diversas ações de propaganda e contra-propaganda criadas pelos consumidores, que se identificam ou não com suas ações, posturas e valores. Esse fenômeno vem impactando o mundo do marketing e da comunicação, exigindo um olhar crítico e atento para essas novas relações de poder por parte tanto dos pesquisadores quanto dos profissionais dessas áreas”, explicou Izabela.
O que a professora quer passar em seu artigo é que, atualmente, não adianta brigar com o consumidor. “Se isso já era uma premissa de marketing, agora mais ainda”, concluiu.