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Proposta final da reformulação da TV Pernambuco será apresentada à população

O processo de reestruturação da TV Pernambuco está chegando à fase final. O Grupo de Trabalho (GT) da emissora irá apresentar a proposta finalizada para todos aqueles que estão interessados em saber como ficou a definição do projeto. O encontro está programado para o dia 8 de junho, às 14h30, no Armazém 14, no Bairro do Recife, e será aberto ao público. Após a divulgação para a sociedade civil, o documento será entregue ao Governo do Estado.

Ao todo, o GT promoveu três debates com a população, que focaram nos seguintes assuntos: para que serve, gestão e tecnologia (todos relacionados à TV pública). Os encontros agregaram estudantes, produtores, artistas, entidades de movimentos sociais e jornalistas para discutir questões que cercam o processo. “A discussão não só abrange pontos sobre a programação. Pernambuco abriu um debate atual e amplo sobre o conceito da TV pública”, afirma o professor de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco e um dos integrantes do GT, Ricardo Mello.

Nessa terça-feira (2), o grupo, composto por cerca de dez pessoas – representantes da sociedade civil, como professores e comunicadores –, reuniu parte dos membros para uma nova análise do acabamento final do modelo de implantação. O documento está sendo finalizado, a partir de uma compilação de todos os pontos discutidos durante os debates e também com as sugestões da população, enviadas por e-mail. O projeto tange pontos como conteúdo, programação, gestão e transmissão.

A principal deficiência da TVPE já está com uma iminente solução. A má transmissão da emissora na Região Metropolitana do Recife e em alguns municípios do interior de Pernambuco pode estar com os dias contados. Afinal, o governo estadual já encaminhou um investimento de mais de R$ 2 milhões, após um levantamento sobre a manutenção técnica.

“Queremos uma TV com transmissão de qualidade, com ausência de precariedade técnica”, afirma o diretor-geral da emissora, Roger de Renor. Segundo o produtor cultural, a emissora estatal funciona com uma concessão comercial. A proposta consiste em transformá-la em uma gestão pública. “Temos esse fato peculiar. Com um bom gerenciamento, podemos inserir bons comerciais na programação a partir de uma seleção criteriosa”, relata Roger, ao destacar o fato de a concessão comercial elevar o nível de conteúdo e programação da emissora.

O diretor-geral afirma que a proposta se baseou muito no perfil da TV Brasil, mas que houve alguns ajustes. Ele ainda ressalta o fato de a professora do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco ter sido escolhida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para ocupar uma das vagas do conselho curador da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). “Isso foi muito positivo para o Estado. Ela levantou nossa ‘moral’”, pontua Roger.

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