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Alunos do Liceu de Artes e Ofícios participam de oficina em Caruaru

“Deus criou o homem do barro da terra”. Essa frase bíblica inspirou um dos maiores artistas do interior pernambucano, que dava forma ao cotidiano da população de Caruaru na terra molhada. Mestre Vitalino, com pequenas esculturas que esculpia do cenário sertanejo, ganhou importância artística em todo o mundo. Para entender um pouco sobre o talento do Mestre, estudantes do Liceu de Artes e Ofícios que fazem parte do programa Humanizando Pela Arte, viajaram, no último sábado (15), até a região para estudar como todo processo acontecia.

O Humanizando Pela Arte é um programa do Projeto Fé e Alegria do Recife, que atende aos alunos do ensino médio de baixa renda. O grupo conta com 17 jovens, entre 15 a 18 anos. Eles se reúnem todos os sábados para aprender sobre as diversas formas de como se fazer arte e praticá-la.

A aula-passeio foi iniciada com uma visita ao Museu do Barro, com peças que o Mestre usou para trabalhar. Depois de ver a exposição, os alunos foram recebidos por um dos filhos de Vitalino, Severino Vitalino, na Associação dos Artesões do Alto do Moura, bairro de Caruaru onde o artista viveu e trabalhou.

 No local, Severino abordou um pouco sobre a história da cidade, o crescimento do  Alto do Moura, devido a forte presença do artesanato, desencadeada por Mestre Vitalino, e os métodos usados para fazer as esculturas. Ainda houve tempo para o filho do Mestre explicar a importância artística que o pai implementou em todo o Estado, além de ensinar aos alunos a manusear no barro.

Depois das devidas explicações, foi a hora de todos os alunos produzirem as próprias obras artísticas, no barro, e para isso usaram a criatividade. O aluno do Liceu, Alex Satornino, 17, fez um troféu em formato de zabumba, em homenagem ao forró, que é muito típico na cidade. “Aprendi muito nesta oficina. Entender sobre a cultura do local é algo enriquecedor, além de aprender a fazer essas esculturas, arte que tem que ser bem valorizada por ser algo pernambucano”, falou o aluno do projeto.

 As esculturas esculpidas pelos alunos ficarão expostas no Liceu, no final deste mês, como incentivo à cultura regional.

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