Boletim Unicap

II Mostra de Arqueologia aproxima crianças e adolescentes à Unicap

O evento aguçou o conhecimento de crianças de dezesseis escolas pernambucanas

Durante os dias 16, 17 e 18 de maio, alunos de dezesseis escolas pernambucanas se reuniram no Espaço Receptivo da Universidade Católica de Pernambuco para a II Mostra de Arqueologia. O evento, realizado na 10ª Semana Nacional de Museus, teve a parceria do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), e promoveu a interação entre a Unicap e as escolas públicas e privadas.

Homenagear o patrimônio cultural recifense: este foi o combustível que moveu a realização da II Mostra de Arqueologia. A coordenadora do Laboratório e Museu de Arqueologia, Maria do Carmo Caldas, afirmou: “Pernambuco, como um todo, está crescendo muito. A gente vê a Copa do Mundo chegar, e surge uma preocupação a partir do trabalho cotidiano nas escolas: sentimos que há um desconhecimento de nossos jovens sobre os patrimônios da terra”.

A necessidade de estimular o conhecimento culminou na participação do Instituto Educacional João de Deus, das escolas João Cavalcante Petribú, Coronel José Domingos da Silva, Vidal de Negreiros, além dos colégios Capitão Morôni, Família de Nazaré, Grande Passo, Anglo-líder Camaragibe, Souza Leão, Liceu de Artes e Ofícios, Dom, Instituto Brasília, Jeanne Karla, Dom Vital, Prof. Maria Dilza e o Colégio da Política Militar.

Os alunos da escola Família de Nazaré apresentaram o Movimento Manguebeat

Seis temas foram propostos: a história das pontes do Recife, dos patrimônios imaterial, vivo, histórico, cultural e artístico e, por fim, do patrimônio militar. A escolha foi do interesse de cada escola, que seguiu o regulamento proposto pela Unicap. Na quarta-feira (16), o grupo do estudante Anderson Aciolly, da escola Família de Nazaré, Camaragibe, apresentou para o público informações sobre o Manguebeat. “Nosso objetivo inicial é chamar atenção para seus principais divulgadores. A mensagem que passamos é a de que devemos estar atentos, hoje, com o que está sendo feito com o manguezal, ecossistema que vem sendo amplamente destruído”, declarou Anderson.

“O que é emocionante, para mim, é ver o esforço. Estamos recebendo, este ano, escolas não só do Recife, mas também de Carpina, Olinda, Camaragibe e Jaboatão, por exemplo. Isso mostra que estamos conseguindo atingir um público ainda maior”, pontuou Maria do Carmo.

Stevão Santos, Jhonattan Rafael, Sidcley Cavalcante e Natália Barboza

 

A tarde de quinta-feira (17) foi marcada não só pelas apresentações dos alunos. O Coral do Colégio Militar, regido pela professora Iva Silva, levou ao público canções como “Asa Branca”, “Minha ciranda” e o Hino de Pernambuco. Ao som do Coral, os alunos Natália Barboza, Sidcley Cavalcante, Jhonattan Rafael e Stevão Santos, do nono ano do Colégio Maria Dilsa, davam informações sobre o Bloco da Saudade. “Quem chega aqui, nos escuta falar sobre o que o Bloco da Saudade representa. Esse patrimônio imaterial pernambucano tem muito o que transmitir à população e, em cima dessa contribuição, nós moldamos nossa apresentação”, explicou Jhonattan.

Diante dos trabalhos, a professora Jeane Gorete — que ensina a disciplina de Educação Artística na Escola Família de Nazaré — avaliou a importância da Mostra: “Através desse evento, as crianças mostram seu potencial fora da sala de aula e têm acesso à Universidade de uma forma única. Para isso, os alunos de fato se preparam, seja por meio da pesquisa, leitura ou das aulas de campo”.

O Coral do Colégio Militar conta com a regência de Iva Silva, professora de música da instituição há 35 anos

Os três melhores trabalhos serão premiados nesta sexta-feira (18). A escola premiada receberá um troféu, e os alunos serão contemplados com medalhas. Todos os professores inscritos receberão os devidos certificados.

print
Compartilhe:

Deixe um comentário