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A Participação da Mulher na Luta por Condições Dignas para Saúde é tema de debate no segundo dia da 10ª Semana da Mulher

A Universidade Católica de Pernambuco promoveu, na noite desta terça-feira (6), o debate “A Participação da Mulher na Luta por Condições Dignas para Saúde (habitação,trabalho,salário justo, lazer)”, que fez parte da programação do segundo dia da 10ª Semana da Mulher. O evento, que teve a coordenação da professora Janice Albuquerque, contou com a participação de Adriana Duarte, do Coletivo Mulher Vida de Olinda; Tanaci Oliveira, da Casa Mulher do Nordeste; e Maria Suely, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além da debatedora Danielle Siqueira.

A representante do Coletivo Mulher Vida começou a sua palestra com a citação do poema “A Fome”, de Marilene Felinto. Na sua apresentação, Adriana Duarte deu ênfase à violência ainda sofrida pelas mulheres. “As desigualdades ainda são muitas, o que gera a violência estrutural (pobreza, fome, miséria) e institucional (a falta de bons serviços públicos, como é o caso da saúde). Pode se ver ainda vários casos de violência doméstica, o que é um absurdo”, expôs. Ela destacou ainda que a base da violência contra a mulher surge, em sua maioria, por ainda existir uma cultura patriarcal, de subordinação e de dominação, além do que ela chama de “cultura da família sagrada”, onde a mulher tem a obrigação de cuidar dos seus parentes para não ser “mal vista” pela sociedade.

Já Tanaci enfocou a economia que circunda as mulheres, dando ênfase às trabalhadoras informais. Ela explicou que a diferença salarial que existe ainda hoje entre homens e mulheres não pode ser mais justificada, levando em consideração que, antes, o argumento usado era que a diferença ocorria pelo fato dos homens serem os chefes das famílias. Hoje, no entanto, existem várias mulheres ocupando essa função nos lares de todas as classes sociais.

A última palestrante foi Maria Suelly, representante do MST, que iniciou sua apresentação citando Paulo Freire: “Ninguém educa ninguém, ninguém se educa sozinho. As pessoas se educam entre si”. Em sua fala, temas como a história das mulheres dentro do MST e questionamentos sobre o uso de agrotóxicos, que afetam em sua maioria as mulheres, foram abordados.

A noite terminou com uma reflexão sobre os temas discutidos e com a debatedora Danielle Siqueira comentando sobre as palestras realizadas.

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