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Unigames 2011 começa abordando aplicação da tecnologia dos games

Quem acompanhou a abertura do Unigames 2011 na noite desta segunda-feira (28) descobriu que a tecnologia dos games vai além da criação de jogos de entretenimento. Essa foi a temática da palestra proferida pelo professor Geber Ramalho, da Universidade Federal de Pernambuco. O especialista em inteligência artificial e entretenimento digital faz parte da diretoria do C.e.s.a.r e da Sociedade Brasileira da Computação, além de ser membro do conselho do Porto Digital.

Geber fugiu do formato tradicional de palestra e, assim como sua área de atuação, procurou interagir com o público do auditório G1. “O que o profissional de jogos sabe fazer?”, provocou. “Gerenciamento de projetos, interação com usuário”, ouviu da plateia. Segundo ele, o desenvolvimento de games está mais próximo do cinema do que dos softwares. “Para cada dez artistas de criação, temos um engenheiro. Um bom game deve gerar envolvimento do usuário”, destacou. Ele apresentou alguns dados dos EUA, país líder do segmento. A média de idade dos jogadores é de 35 anos. Gente que passa 10,6 horas por semana na frente do console. Cerca de 35% deste público prefere os games a TV (18%).

Para Geber, a criação e o consumo de jogos digitais desenvolvem competências tais como aprimoramento de tomada de decisões, estratégia, narrativa e organização de informação. “O desafio está em encontrar o equilíbrio no game. Um jogo muito difícil frustra o usuário. O fácil, desinteressa”.

Mas engana-se quem pensa que a tecnologia dos games se restringe ao entretenimento. O professor Geber provou que não. “Aplicação dos jogos digitais é bastante difundida no cinema. Basta ver as batalhas do filme O Senhor dos Anéis. Aquele exército de criaturas foi desenvolvido com tecnologia de games”, explicou ele, que também mencionou a aplicabilidade na área de saúde. “O Nitendo Wii faz sucesso nas clínicas de fisioterapia. O paciente se reabilita sem nem perceber que está numa sessão”, comentou ao mencionar o videogame baseado no movimento do usuário. “Os games nos trazem vários ensinamentos: motivação de pessoas; gerenciamento de equipes multidisciplinares, por exemplo. É preciso pensar além da produção”, aconselhou o professor.

Livro – Durante a abertura do Unigames 2011 houve o lançamento do livro Blender 3D – jogos e animações interativas, de autoria do professor Alan Brito. Esta é quarta obra do autor e trata do software Blender. Antes do lançamento, no salão receptivo do bloco G,  ele fez demonstrações do programa num telão montado no auditório.

A programação do Unigames segue até o dia 30. Confira no www.unicap.br/unigames2011 .

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