Boletim Unicap

Enfoque social marca o 2º dia do Congresso de Educação Jesuíta

Fotos: Marina Maranhão

Com colaboração de Vítor Albuquerque

A discussão em torno das temáticas sociais marcaram palestras e debates no segundo dia da programação do congresso Educação Jesuíta: Rumo às Novas Fronteiras. A abertura foi feita através do pronunciamento do Pe. Alfredo Ferro, Coordenador do Setor social do Cpal (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina). O reverendo saudou a todos os congressistas do Fé Alegria e em seguida palestrou sobre o Aspecto Sócio-Político da Educação como Fronteira, onde abordou o trabalho dos jesuítas nos institutos educacionais no mundo e em especial nos países da América Latina.

Foram mostrados slides com gráficos ilustrando como são feitos os trabalhos educacionais em instituições jesuítas no mundo; os objetivos e os deveres dos jesuítas nos países da América Latina; fotos do último encontro com os coordenadores do Cpal dos países latinos, que é realizado a cada dois anos, para discussões e debates a respeito da integração na educação jesuíta e suas fronteiras. “A principal diferença da educação jesuíta no Brasil para os outros países é que o sistema educacional no Brasil é mais informal, uma educação popular”, comentou Pe. Ferro.

Após a palestra, houve um momento ecumênico com a apresentação ao vivo do grupo Liturgia, que juntamente com os congressistas fez uma oração e em seguida apresentou um vídeo que abordava os desafios de integração entre os povos de várias etnias e os desafios das pessoas compreenderem o verdadeiro significado da palavra “VIDA”. O grupo também discutiu a obra “Morte e Vida Severina”, do poeta João Cabral de Melo Neto.

A segunda parte do congresso foi marcada por um debate com relação ao que foi exposto na palestra do Pe. Alfredo Ferro, que abriu o congresso e com foco principal no tema “O coração e a mente no eixo social do trabalho jesuíta”. Participaram como debatedores, o Pe. Lúcio Flávio, pró-reitor Comunitário da Unicap; Raimunda Cadó, representante do Fé e Alegria (RN); e o Professor Pedro Tostes, do Colégio Santo Inácio.

Na penúltima parte do evento houve exposições de trabalhos de grupos ligados à instituições jesuítas, que foram apresentados em salas no 2º andar do bloco G da Universidade. Os locais foram chamados por nomes de danças típicas e elementos da cultura de Pernambuco: frevo; ciranda; coco; troça; maracatu e afoxé.

Os trabalhos expostos nas salas foram: Gruprev  – União dos grupos de pré-vestibular alternativos, apresentado por Francisco Lailson Luís de Lima, representante da Faje (MG); Dinâmica Acadêmica e Cidadã do projeto Pré-Loyola – o Despertar da Cidadania, apresentado por Gerivaldo Nogueira da Silva, do Centro Cultural de Brasília (DF); Monitoria Curso Noturno, apresentado por Sílvia Henriques  e Vera Porto, representantes do Colégio Santo Inácio (RJ); Rede Social de apoio Fé e Alegria, apresentado por Emanoel Nazareno,Fé e Alegria (RN); Educação Técnica Ambiental, apresentado por Vilmar Barzlaffm, Fé e Alegria Laranja da Terra (ES) e Trillhas e Caminhadas em direção ao processo de formação profissional dos jovens aprendizes, apresentado por Ana Priscila e Geize J. G. Araújo, do Fé e Alegria de Vitória (ES).

A última parte do congresso Fé e Alegria Brasil e Unicap, no turno da manhã terminou com plenária, onde  foram discutidos os resultados obtidos nos trabalhos apresentados pelos representantes do Fé e Alegria e de instituições Jesuítas de todo o país, e também, os resultados obtidos nos debates e na apresentação da palestra do Pe. Alfredo Ferro.

A Plenária  foi composta pelo Professor Pedro Tostes, do Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro; Cadó, a representante do Fé e Alegria do Rio Grande do Norte; Padre Alfredo Ferro, coordenador do setor social do Cpal e pelo Pró Reitor Comunitário da Unicap, Padre Lúcio Flávio.

Foram tiradas dúvidas dos integrantes de cada sala. Perguntas do tipo: “Como implementar a Educação Jesuíta nos colégios e instituições de ensino?” e “Quais seriam os desafios para a Educação Jesuíta, visando atender às demandas da agricultura familiar de forma a evitar o deslocamento da população jovem do campo para a cidade?”, foram direcionadas para o padre Alfredo Ferro que dirigiu todo o processo de perguntas e respostas.

Além das perguntas, foi debatido a temática, sugerida por um dos participantes do Congresso: “A partir da necessidade da integração com os demais parceiros sociais, famílias, escolas, agentes de defesa de direito etc, afirmamos a importância da infra-estrutura física, humana e pedagógica nos processos de planejamento, monitoramento e avaliação nas intervenções da Fundação Fé e Alegria”.

Logo após a plenária, foi oferecido um almoço para os participantes. O evento continuou às 14h com a “Palestra Geral Eixo II – Cultural”, proferida pelo Padre Hugo Ara e exposição de experiências significativas, apresentação e debates ao longo da tarde.

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