Boletim Unicap

Minicurso de Jornalismo Esportivo da Católica recebe a visita de Rembrandt Júnior

Por Rafael Sabóia

“Olá tudo bem? Pra você amigo ligado na Globo…”. É com seu jeito inconfundível de saudar o telespectador que o narrador esportivo da Rede Globo Nordeste Rembrandt Júnior marcou presença no minicurso de Jornalismo Esportivo promovido pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), através do programa Universidade não tem idade. A palestra teve como mediador o professor de Jornalismo Álvaro Filho, e foi realizada no Espaço Loyola, localizado no térreo do bloco B da Unicap, às 18h30, desta segunda-Feira (9).

foto: Paulo Maia

Com quase 20 anos de experiência no jornalismo esportivo, sendo 10 deles na TV Globo, Rembrandt Júnior contou um pouco do que é ser jornalista esportivo para os alunos de jornalismo da Unicap e de outras universidades. Quais as boas e as más experiências de sua carreira, o que é mais difícil na profissão, a diferença de narrar um jogo no rádio e na televisão, quais as dicas que ele poderia dar para quem está começando na carreira de narrador, a questão de ter ou não ter sotaque pernambucano, os “micos” do jornalista que foram para o ar, a relação com os torcedores, e também uma conversa sobre a segurança dentro e fora dos campos de quem trabalha na cobertura esportiva todos os domingos e quartas-feiras.

Para os que pensavam ou ainda pensam que futebol é assunto somente para homens, se surpreenderiam com a participação em massa do público feminino que estava presente na palestra do narrador esportivo. A presença das mulheres nas transmissões esportivas e o interesse pelo tema futebolístico foi outro assunto discutido entre Rembrandt Júnior e os aspirantes a jornalistas durante o encontro realizado na Unicap. “Hoje em dia é muito mais fácil a mulher entrar na área esportiva do que há 10 anos por exemplo. Ela está mais informada sobre os assuntos esportivos, o futebol é um deles”, frsou Rembrandt Júnior ao comentar sobre a atividade da mulher nas transmissões esportivas. O narrador comentou porque ainda existem poucas mulheres nas transmissões esportivas no rádio. “Ainda existe um machismo muido grande no ambiente do futebol. A grande maioria dos homens não acredita que as mulheres tenham tanta agilidade nas transmissões de rádio, quanto os homens”.

Segundo Rembrandt, a principal diferença entre a transmissão do radio e da televisão é a agilidade e a criatividade dos narradores, que geralmente não se encontra na TV. Mesmo com o preconceito presente na área futebolística com as mulheres, Rembrandt ressaltou que houve uma mulher que se destacou na narração de jogos de futebol. O narrador citou o nome da jornalista Luciana do Vale, ex-mulher do famoso e principal fonte de inspiração de Rembrandt, o narrador esportivo, Luciano do Vale.

Um dos assuntos também explorados na palestra foi qual seria o papel de um narrador esportivo, sem que ele interfira na reação dos torcedores, durante a transmissão de um jogo. “O narrador é um âncora na transmissão dos jogos, é ele que dita o ritmo da transmissão. Ele sabe a hora de chamar um repórter na beira do campo, é ele que media os comentários dos convidados”. Momentos divertidos também marcaram a presença do narrador na Católica. Um deles foi quando Rembrandt relembrou junto com os alunos uma cena cômica, que ocorreu durante uma entrevista ao vivo para o  Bom dia Pernambuco, da TV Globo Nordeste, na qual Rembrandt entrevistava dois lutadores de boxe que não gostavam um do outro. Todo Duro e Holyfield. Durante a entrevista Todo Duro falou mal do seu adversário e os dois partiram um pra cima do outro, deixando  Rembrandt em pânico entre os dois.

Para o professor e mediador da palestra Álvaro Filho, o objetivo da conversa com Rembrandt Júnior foi o de aproximar o aluno da realidade do que é o mercado de trabalho. “O objetivo central é o de somar a parte teórica vista em sala de aula pelos alunos com a troca de experiências vivenciadas pelos convidados que comparecem a eventos como esse”. O professor da Unicap ainda comenta sobre o interesse dos alunos pela área esportiva do jornalismo. “O que há é um processo inverso. Os profissionais que já estão atuando no mercado esportivo, é que estão procurando o curso de jornalismo para aprimorar seus conhecimentos, pois a grande maioria deles não têm a formação de jornalista, como era o caso de Rembrandt, que foi nosso aluno, mesmo já atuando na área”.

print

Compartilhe:

Deixe um comentário