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Fonoaudiólogos da Católica realizam triagens para tratamento de pessoas com gagueira

Para comemorar o Dia Internacional de Atenção à Gagueira, professores e alunos do curso de Fonoaudiologia da Universidade Católica de Pernambuco realizaram durante toda sexta-feira (22) a triagem para que as pessoas que gaguejam recebam tratamento gratuito na Universidade. Na triagem, elas receberam informações sobre o assunto e foram encaminhadas para o tratamento, quando necessário.

A gagueira é um distúrbio da linguagem que se caracteriza por prolongamento, bloqueios ou repetições de sons, sílabas ou palavras na fala. As causas são diversas. Podem ser decorrentes de problemas psicológicos, neurológicos ou genéticos. No entanto, crianças entre dois e seis anos podem gaguejar naturalmente, porque estão em fase de aquisição da linguagem oral.

O objetivo da Católica em promover esta ação é conscientizar e incentivar as pessoas em buscar um tratamento especializado com um fonoaudiólogo. E deu certo. Até o final da tarde, 50 pessoas já tinham participado da triagem.

Para Maria Luiza Timóteo, coordenadora do curso de Fonoaudiologia, o evento é muito importante porque chama atenção para um problema que traz muitas implicações na vida de várias pessoas.

José Félix resolveu trazer seu filho, João Vitor Félix, 9 anos, depois de perceber que a gagueira está aumentando. “Os tios e a mãe dele sofrem com a gagueira e meu filho já está sentindo os problemas na pele. Na escola, ele tem vergonha de falar. Espero que ele possa começar logo o tratamento aqui na Católica”, disse o pai esperançoso. João Vitor não vê a hora de começar as atividades.“Acho que vai melhorar a minha fala e vou falar mais”, afirmou o menino.

Robson Pereira, 21 anos, viu no site pe360°graus a matéria e logo correu para a Católica. “Eu não sei se sou gago, de vez em quando eu travo. É um mal que já sofro há bastante tempo e vim em busca de informações e da minha cura”, ecplicou Robson.

Há uma semana, Thiago Leão, 14 anos, pedia para sua mãe, Kátia Leão, procurar um médico, já que sua gagueira está aumentando. “Percebi que estou ficando mais gago, principalmente quando falo rápido ou fico nervoso, e com o tratamento vou mudar meu jeito de falar, tendo menos vergonha. E, claro, irei falar muito mais”, explicou o adolescente.

O Programa de Mestrado em Ciências da Linguagem e a Clínica de  Fonoaudiologia da Católica formaram um grupo de terapia para a gagueira, coordenado pela fonoaudióloga Nadia Azevedo. As reuniões para crianças e adolescentes acontecem toda quarta-feira, às 15h, e para os adultos são realizadas nas manhãs dos sábados, no bloco G4 da Universidade. As pessoas interessadas, mesmo que não tenham participado da triagem, podem fazer parte dos grupos. Informações: 2119-4024.

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