32ª Assembleia da Abruc reabre agenda com o MEC e lança planejamento estratégico
|O Reitor da Universidade Católica de Pernambuco e presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (ABRUC), Padre Pedro Rubens, fez na última quinta-feira (16) a abertura da 32ª Assembleia da Abruc, em Brasília. A solenidade contou com a presença do ministro da Educação, Mendonça Filho, e da economista Tânia Bacelar. Padre Pedro ressaltou, no seu discurso, que “o momento crítico de nosso país não somente preocupa e afeta nossa missão universitária, mas também nos mobiliza, com discernimento e responsabilidade, a reencontrarmos o nosso papel de cidadãs e cidadãos na perspectiva de assegurar a realização de nosso trabalho e contribuir com a reconstrução da sociedade e restabelecimento do estado democrático de direito”.
Ainda de acordo com o Reitor, o encontro na Abruc teve dois objetivos estratégicos: reabrir e atualizar a agenda com o MEC; e lançar o processo de Planejamento Estratégico da Associação das Comunitárias. Durante o evento, o ministro da Educação abordou, entre outros assuntos, as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Num segundo momento, a consultora Tania Bacelar proferiu uma palestra intitulada Comunitárias: revisar e (re)lançar sua trajetória na Educação Superior. O tema diz respeito ao planejamento estratégico da Abruc para os próximos anos. As ações serão desenvolvidas pela economista pernambucana.
Padre Pedro destacou que, ao acolher pela primeira vez o ministro Mendonça Filho, a Abruc queria reafirmar o compromisso com a Educação Superior, a partir do diferencial comunitário, avaliando e fazendo propostas bem concretas de corretivos e melhorias das políticas públicas de Educação Superior, com irredutível reconhecimento e garantia de uma política de Avaliação Nacional, calcada atualmente no SINAES, que referencie todas as Instituições de Educação Superior, Públicas, Comunitárias e Privadas.
Em relação ao Planejamento Estratégico da Abruc, o presidente da entidade enfatizou que, depois de duas décadas de existência e da aprovação do marco regulatório das comunitárias, Lei 12.881/13, é preciso redefinir a missão e visão da instituição, bem como projetar algumas prioridades e metas para os próximos anos.
Padre Pedro encerrou seu pronunciamento retomando dois pontos fundamentais de sua primeira audiência com o ministro Mendonça Filho, no dia 20 de maio. O primeiro no sentido de afirmar o diferencial das Comunitárias em relação ao setor privado particular, distinguindo-se pela tradição de serviço à comunidade, pioneirismo na interiorização, qualidade acadêmica, excelência humana, compromisso regional. Distinção que se faz também na forma de uma lei pioneira e adesão a políticas públicas. “Gostaríamos, portanto, de avançar na compreensão efetiva de um verdadeiro serviço público não estatal”, frisou.
O segundo enfocando a construção que foi feita de uma agenda de complementaridade com o Sistema Nacional de Educação e de colaboração com o MEC, de forma republicana, transparente e aberta. “Nesse passo, não somente aderimos às políticas públicas de Educação Superior, mas ajudamos a construí-las e implementá-las”, ressaltou, complentantando que “portanto, os diversos programas que temos atualmente no Brasil não são apenas políticas de um governo ou de um partido, mas políticas de Estado: eles foram respostas às demandas da sociedade brasileira, tiveram a nossa participação e, agora, gostaríamos de contribuir em expansão e consolidação, certamente, não sem ajustes necessários.
O Reitor da Unicap disse ainda que, “se o nosso ponto de partida é a Lei das Comunitárias, o nosso horizonte próximo é o Plano Nacional de Educação”, frisando que o alcance das Metas do PNE requer a cooperação de todos os segmentos, público, privado e comunitário. De acordo com Padre Pedro, as metas 12 e 16, por sua vez, não somente nos implicam, mas nos instigam. “Como expandir a taxa de matrícula em 50%, na educação superior, assegurando a sua qualidade? E como avançar em tempos de crise econômica? Eis desafios que estamos preparados para assumir, tanto a partir de nossa tradição de qualidade quanto da capacidade instalada e do compromisso com o desenvolvimento humano e social, mediante da educação superior”, finalizou.