PRÁTICAS DE BEM MORRER E O USO DA MORTALHA EM SERGIPE - NORDESTE- BRASIL - SÉCULOS XVIII E XIX

Autores

  • Hortência de Abreu Gonçalves Universidade Tiradentes de Sergipe - UNIT.
  • Kathia Cilene Santos Nascimento Universidade Tiradentes de Sergipe - UNIT.
  • Lílian de Lins Wanderley Universidade Federal de Sergipe - UFS.
  • Marilene Batista da Cruz Nascimento Universidade Federal de Sergipe - UFS.

Resumo

Escolher a roupa do próprio sepultamento sempre suscitou expectativas. O medo da morte e do que viria depois fez com que homens e mulheres se preocupassem em preparar, antecipadamente, a roupa da passagem da vida material para a espiritual. No imaginário coletivo religioso cristão predominava a ideia de que o uso da mortalha facilitaria a entrada da alma no Reino de Deus. Objetivou-se verificar a escolha da mortalha em Sergipe, no período de 1780-1850, em 155 testamentos “postem mortem”, do Arquivo Judiciário do Estado de Sergipe (AJES). Pesquisa bibliográfica e documental, pautada na História das Mentalidades e no método de análise de conteúdo. A solicitação da mortalha fez-se presente na documentação, variando desde roupa de santos preferenciais e invocações de Nossa Senhora, até indumentárias de anjo, vestes papais e mortalhas brancas e pretas.

Data de submissão: 16-03-2016. Aprovado em: dezembro de 2016.

doi: 10.20426/P.2178-8162.2016v7n16p501

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Biografia do Autor

  • Hortência de Abreu Gonçalves, Universidade Tiradentes de Sergipe - UNIT.

    Pós-doutora em Estudos Culturais pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC)/Fórum de Ciência e Cultura (FCC) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe. Professora da Universidade Tiradentes -UNIT e das Faculdades Estácio e FANESE de Sergipe. E-mail: ensino.pesquisa@yahoo.com.br.

  • Kathia Cilene Santos Nascimento, Universidade Tiradentes de Sergipe - UNIT.

    Mestranda em Educação pela Universidade Tiradentes. Professora da Universidade Tiradentes - UNIT, Sergipe. E-mail: kathia.pesquisa@outlook.com.

  • Lílian de Lins Wanderley, Universidade Federal de Sergipe - UFS.

    Doutora em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Rio Claro. Professora associada da Universidade Federal de Sergipe, nos cursos de doutorado, mestrado e graduação, em Geografia. E-mail: lilianwanderley@uol.com.br.

  • Marilene Batista da Cruz Nascimento, Universidade Federal de Sergipe - UFS.
    Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. Mestra em Educação pela Universidade Tiradentes - Unit. Professora adjunta da Universidade Federal de Sergipe (UFS).  E-mail: nascimentolene@yahoo.com.br.

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

GONÇALVES, Hortência de Abreu; NASCIMENTO, Kathia Cilene Santos; WANDERLEY, Lílian de Lins; DA CRUZ NASCIMENTO, Marilene Batista. PRÁTICAS DE BEM MORRER E O USO DA MORTALHA EM SERGIPE - NORDESTE- BRASIL - SÉCULOS XVIII E XIX. PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, Recife, PE, Brasil, v. 7, n. 16, p. 501–514, 2016. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/paralellus/article/view/749.. Acesso em: 5 maio. 2024.