O PESO DO RACISMO E DO SEXISMO : A DUPLA OPRESSÃO DAS MULHERES NEGRAS
Palavras-chave:
desigualdade social, feminismo negro, gêneroResumo
Este estudo tem como objetivo analisar os mecanismos fundamentais de dominação historicamente impostos às mulheres negras, desde o período escravista até a contemporaneidade. A violência de gênero, alicerçada no racismo estrutural, agrava as disparidades socioeconômicas enfrentadas pelas mulheres negras, perpetuando a exclusão social e a desigualdade. O relatório "Monitoramento e Avaliação – nº 2 – Edição Mulheres Negras", elaborado pelo Ministério da Igualdade Racial em 2022, revela dados alarmantes sobre a condição das mulheres negras no Brasil, evidenciando as intersecções de raça, gênero e a violência estrutural enfrentada por tal camada da sociedade. O relatório "Monitoramento e Avaliação – nº 2 – Edição Mulheres Negras", elaborado pelo Ministério da Igualdade Racial em 2022, revela dados alarmantes sobre a condição das mulheres negras no Brasil, evidenciando as intersecções de raça, gênero e a violência estrutural que elas enfrentam. As mulheres negras constituem o maior grupo populacional do país, somando 60,6 milhões, das quais 11,3 milhões se identificam como pretas e 49,3 milhões como pardas. No entanto, essa representatividade numérica não se traduz em equidade nas oportunidades e na qualidade de vida.
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