Nomeação e Performação: A Definição do Real nas Funções da Linguagem em Platão e John L. Austin
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2019.v19n1.p23-51Palavras-chave:
Platão. John L. Austin. Nomeação. Ação. Atos de fala.Resumo
Este artigo examina alguns aspectos da relação entre a linguagem e a realidade pela perspectiva de dois filósofos de indubitável importância para o pensamento contemporâneo: Platão e John L. Austin. De tempos e tradições inevitavelmente distintas, ambos buscaram, em análises específicas, estabelecer as formas de interação do sujeito cognoscente relativamente aos dados que o cercam: interações que não são restritas a uma atividade de ordenação da realidade, situacionais do sujeito em meio ao fenomênico, mas que, por vezes, significam a execução de operações constituintes dela, ampliando a própria dimensão do real. Principalmente pelo Crátilo e pelo Quando Dizer é Fazer: palavras e ação, pretende-se demonstrar que se a nomeação foi a primeira atividade concebida para a organização da realidade, o proferimento perfor-mativo, contraposto a ela em muitos caracteres, é uma segunda operação linguística fundamental para a revelação de seus outros aspectos.
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