AINDA PREFERIMOS “QUERER O NADA A NADA QUERER”?
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2017.v1n2.p142-156Resumo
Pretendo, nesta Comunicação, partir de uma frase emblemática com que se abre e conclui a III Dissertação da Genealogia da moral: “o homem preferirá ainda querer o nada a nada querer”. O objetivo é testar até que ponto o pensamento de Nietzsche nos pode ajudar para pensar um fenômeno contemporâneo que afeta diretamente ou indiretamente milhões de pessoas: o da depressão. Após uma contextualização e uma justificativa do método de abordagem do texto nietzschiano selecionado, procedo a uma análise da crítica do filósofo ao “ideal ascético” e às figuras culturais do pensamento ocidental que o legitimaram para refletir, em seguida, se e até que ponto ainda hoje, em nosso mundo globalizado, o fenômeno da depressão pode ser caracterizado como “uma vontade de nada”. Finalizo, problematizando a saída terapêutica apenas por uma medicalização da existência.
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