O Reitor da Universidade Católica de Pernambuco, Prof. Dr. Padre Pedro Rubens, apresentou no fim da tarde da última quinta-feira (20/04) o livro 50 anos Após o Concílio Vaticano II. A obra reúne a produção de 100 teólogos dos cinco continentes em torno do legado e atualidade daquele que é considerado o maior evento eclesial do século XX. O conteúdo é resultado de um colóquio internacional realizado em abril de 2015, em Paris.
Além de Padre Pedro, participaram da organização dos textos Mathijs Lamberrigts (Universidade de Louvain, Bégica); Gilles Routhier (Universidade de Quebec, Canadá); e Christoph Teobald (do Centre Sèrvres de Paris). Dries Bosschaert foi o assistente científico do projeto que teve apoio da Federação Internacional das Universidades Católicas (FIUC) da qual Padre Pedro é presidente. O livro foi publicado pela editora Paulinas.
Durante a apresentação, Padre Pedro explicou a forma e a metodologia aplicadas ao estudo. “Mais que uma justaposição de ideias. Foi uma deliberação dentro do próprio estilo do Concílio”. A primeira das três fases do trabalho começou em 2012 com a composição do comitê científico que teve entre os objetivos “identificar rupturas e deslocamentos”. A segunda fase foi a de preparação e realização do pré-colóquio. A terceira organizou o trabalho das comissões. “Este livro é o testamento do consenso ao qual a gente chega e dentro desses consensos há muito debate interno”, disse o Reitor.
A roda de diálogo que marcou o lançamento do livro no auditório Dom Helder Camara foi mediada pelo Prof. Dr. Sérgio Cezino e teve a participação do Prof. Dr. Luiz Marques, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da Unicap. Historiador com doutorado pela Universidade de Bologna, na Itália, a primeira universidade do mundo, fundada em 1078, ele pesquisa Teologia e o Concílio Vaticano II há 25 anos.
Foi Marques quem digitalizou as agendas privadas do Papa João XXIII e criou o programa de computador que permitiu o acesso instantâneo ao acervo da biblioteca do Vaticano, composto por mais de 400 mil volumes. “As decisões do Vaticano II não encerram o Concílio. Ele foi um processo de diálogo que não se esgotou, é uma fonte de inspiração”, disse ele.