O Brasil é o 56° país no ranking de melhores países para envelhecer. A Velhofobia existe no Brasil e com a pandemia, sua face mais perversa foi escancarada.
Além dos discursos velhofóbicos de empresários e políticos brasileiros, o Disque 100, canal que recebe denúncias de violações de Direitos Humanos, constatou que as notificações quintuplicaram desde o início do isolamento social.
Nem todos encontram paz e acolhimento em sua moradia. Com a necessidade de estarem confinados, pessoas vulneráveis acabam passando mais tempo com seus agressores e essa é a realidade de muitos idosos no Brasil. Em alguns casos, os principais suspeitos de cometer agressões são os filhos e netos da vítima. Agredidos fisicamente e psicologicamente pelos familiares, estes idosos, muitas vezes não têm outro lugar para ir, ou outros parentes não querem receber um idoso em casa. Assim também pensam os empresários e políticos, que vão contra o isolamento social, com foco na economia e no dinheiro acima das vidas.
Discursos comumente proferidos como “O problema é que tem mais de 70 anos” ou “Tem alguma doença”, evidenciam a velhofobia. Essa, foi uma das frases usadas para impulsionar a quebra do isolamento para fins lucrativos, afirmando que pessoas de grupo de risco iriam, sim, morrer, mas apenas por acaso, pois ” quem tem que morrer vai morrer”, sem a preocupação do direito primordial que é o direito a vida.
Também é importante ressaltar que os jovens que devem trabalhar para que a economia não pare, moram com seus pais e avós, pessoas mais fortemente atingidas pelo vírus, e, por mais que continuem isoladas em casa, terão contato em algum momento com aqueles que foram ao trabalho. A vidas desses idosos importa.
Para entender mais sobre os direitos do idoso, conheça o Estatuto do Idoso.