O comerciante José Ramos Lopes Neto, 47 anos, assassino confesso de Maristela Just, foi condenado a 79 anos de reclusão pela morte da esposa e pela tentativa de homicídio contra o cunhado Ulisses Just e os filhos Nathalia e Zaldo Just Neto, em 1989. A sentença: homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. O réu, que se encontra foragido, cumprirá a pena em regime fechado.
A condenação foi estipulada da seguinte forma: pelo homicídio duplamente qualificado de Maristela Just foram 26 anos de reclusão; pela tentativa de homicídio qualificado contra Nathália e Zaldo: 19 anos e 6 meses (cada um); e pela tentativa de homicídio a Ulisses: 14 anos.
Antes de conhecer o resultado do julgamento, familiares e amigos esperaram cerca de três horas pela votação do júri. Muitos com visíveis sinais de cansaço sentaram e até deitaram nos corredores do fórum. Após o anúncio da sentença, contudo, familiares se abraçaram e choraram pelo resultado, depois de mais de duas décadas de angústia e sofrimento. Com o veredicto lido pela juíza Inês de Albuquerque, todos se uniram em uma corrente e rezaram, agradecendo pelo resultado. Ao final, as palmas tomaram conta do tribunal.
Já nos corredores, Zaldo Just, ainda com lágrimas no rosto, disse que apesar do resultado do julgamento, sua missão ainda não estava cumprida. “É apenas o início. O caso foi julgado em primeira instância hoje. A defesa vai entrar com recursos e a nossa família já estava preparada para isso. Hoje é o começo de um final. Acredito que uma das missões que eu tinha na minha vida seja esta e com a condenação estamos muito bem encaminhados”, disse.
Fonte: Jornal do Commercio