Elites e mediação política no Estado imperial brasileiro (segunda metade do séc. XIX)
DOI:
https://doi.org/10.25247/hu.2018.v5n10.p358-375Palavras-chave:
Elites locais, mediadores políticos, Estado imperialResumo
O artigo busca analisar as conexões entre elites locais, provinciais e imperais e o pa- pel delas no processo de construção e manutenção do Estado imperial. Para tanto, enfocamos a atuação de Henrique d’Ávila como mediador político entre essas dife- rentes esferas de poder. Dessa forma, intentamos demonstrar que, através das redes de relacionamento, nas quais os mediadores eram peças-chave, as elites locais tive- ram seus interesses representados junto ao governo. Essa constatação aponta para o papel ativo das elites locais no processo de construção e manutenção do Estado Imperial.Downloads
Referências
BOTH, Amanda Chiamenti. A trama que sustentava o Império: mediação entre as elites locais e o estado imperial brasileiro (Jaguarão, segunda metade do século XIX). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2017.
CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial. Teatro de sombras: a política im- perial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
CARVALHO, José Murilo. Mandonismo, coronelismo, clientelismo: uma discussão conceitual. In: Pontos e Bor- dados. Belo Horizonte: UFMG, 1998, p. 130-153.
CEBALLOS, Rodrigo. Centro e Autoridades Locais: novas leituras para o Brasil colonial. Mnemosine Revista, v. 01, 2010, p. 14.
DOLHNIKOFF, Miriam. O Pacto Imperial: origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005.
FARINATTI, Luís Augusto. VARGAS, Jonas. “A nossa causa é a causa deles”: Elites regionais, chefes paroquiais e a construção do Estado imperial brasileiro: Rio Grande do Sul (c. 1820 – c. 1880). In: Alexandre Mansur Barata; Maria Fernanda Vieira Martins; Silvana Mota Barbosa. (Org.). Dos poderes do Império: culturas políticas, redes sociais e relações de poder no Brasil do século XIX. 1.ed. Juiz de Fora: UFJF, 2014, p. 225-256.
GENOVEZ, Patrícia Falco. O espelho da Monarquia: Minas Gerais e a Coroa no Segundo Reinado. Tese (Doutorado em História). Niterói: UFF, 2003.
GRAHAM, Richard. Clientelismo e política no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
IMIZCOZ, José María. Patronos y mediadores. Redes Familiares em la Monarquia y patronazgo em la aldeã: já hegemonia de lãs baztanesas en el siglo XVIII. In: Redes familiares y patronazgo: aproximación al entramado so- cial del País Vasco y Navarra en el Antiguo Régimen (siglos XV-XIX). Bilbao: Universidad del País Vasco, 2001.
LANDÉ, Carl H. “A Base Diádica do Clientelismo”. In: SCHIMIDT; S. W. (Eds.). Friends, followers and fac-
tions. Berkeley: University of California Press, 1977 (versão traduzida e datilografada em português).
LEVI, Giovanni. A Herança Imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
MARTINS, Maria Fernanda. A velha arte de governar: um estudo sobre política e elites a partir do Conselho de Estado (1842-1889). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2007
MARTINS, Maria Fernanda. Das racionalidades da história: o Império do Brasil em perspectiva teórica. Alma- nack, n. 4, 2º sem. 2012, p. 53-61.
MATEO, José. Población, parentesco y red social en la frontera: Lobos (província de Buenos Aires) em siglo
XIX. Mar del Plata: Universidad Nacional de Mar Del Plata, 2001.
MEDEIROS, Manoel da Costa. História do Herval: descrição física e histórica. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes/ Caxias do Sul: UCS/ Herval: Prefeitura Municipal de Herval, 1980. p.358.
SILVERMAN, Sydel F. Patronage and community-nation relationship in central Italy. In: SCHIMIT, S. W. (Ed.)
Friends, followers and faction: a Reader in Political Clientelism. Berkeley: University of California, 1977
VARGAS, Jonas M. Entre a Paróquia e a Corte: a elite política do Rio Grande do Sul (1850-1889). Santa Maria: Ed. UFSM, 2010.
VARGAS, Jonas. “Entre Jaguarão e Tacuarembó”: Os charqueadores de Pelotas (RS) e os seus interesses políticos e econômicos na região da campanha rio-grandense e no norte do Uruguai (c. 1840- c. 1870). ESTUDIOS HISTO- RICOS - Año V - Diciembre 2013 - Nº 11
VELLASCO, Ivan de Andrade. O labirinto das ocupações: uma proposta de reconstrução da estrutura social a par- tir de dados ocupacionais. Varia História, Minas Gerais, nº 32, 2004, p. 190-210.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Concedo a Revista História Unicap o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista História Unicap acima explicitadas.