As vagas do Espírito na História da Igreja
DOI:
https://doi.org/10.25247/2595-3788.2022.v5n2.p256-279Palavras-chave:
Espirituais Franciscanos, Thomaz Müntzner, Pentecostalismo, Montanismo, Joaquim de FioreResumo
Vista na perspectiva de longo prazo, a irrupção pentecostal no cristianismo ocidental não é algo novo. Ela é apenas mais uma vaga da agitada da história do cristianismo em que, de tempos em tempos e em diversas formas, ela se faz presente. Iniciando pelo montanismo no primeiro milênio e passando por Joaquim de Fiori e os espirituais franciscanos na Idade Média até chegar, no início da modernidade, a Thomaz Müntzer e, na modernidade recente, ao moderno pentecostalismo, o texto apresenta uma breve panorâmica dos grupos cristãos que centraram sua experiência de fé na pessoa do Espírito Santo. Para além dos fenômenos exteriores da glossolalia, êxtases, curas e expulsão de demônios, há algumas características que lhes são comuns: a irrupção em tempos de crise, a marginalidade social e eclesial, o desejo da volta às fontes do cristianismo, a radicalidade na vivência cristã e a espera do fim da história. A conclusão é de que, por ser uma expressão legítima da fé cristã, o pentecostalismo se manterá vivo e presente no futuro do cristianismo.
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